Ana Mametto deu detalhes curiosos dos bastidores da série que estrelou na Netflix, durante entrevista exclusiva no videocast Preta Bahia. Segundo a atriz, que também é cantora, a espera para as gravações de cenas curtas chegaram a passar de 10h.
Somente em uma filmagem de "Só Se For Por Amor", Ana Mametto aguardou 12h para gravar um trecho com menos de 1 minuto. A cena consiste na artista saindo de um carro e falando um texto curto. "Acho que a parte mais difícil em um set é a espera. Se espera muito", pontua ao iBahia.
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Mametto revela ainda que ocorreram gravações que seriam noturnas, mas acabaram filmadas pela manhã. "E, quando é noturna, ainda é pior. Você chega no set por volta das 16h, começa a se aprontar, e começa a gravar você só lá para 6h do dia seguinte. Aí que é dureza", entrega.
Apesar do sufoco, a artista explica que, diante dessas situações, os outros atores, assim como ela, acabam se acostumando e levam com naturalidade. "Mas você se acostuma, vira um fuso. Você começa a se acostumar como se tivesse vivenciado aquele horário ali".
Série com Ana Mametto estreou em 2022
“Só Se For Por Amor” foi lançada na Netflix em setembro de 2022. Na ocasião, Ana Mametto comemorou a estreia como a personagem Ana Lígia, uma poderosa da indústria da música sertaneja. A produção brasileira ainda trouxe nomes como Lucy Alves, Felipe Bragança e Agnes Nunes como protagonistas.
Se aproximando do formato de novela, a série une uma diversidade de sotaques, por conta da variedade do elenco, e busca se aproximar do público com uma história de amor e afeto.
“Ana Lígia traz um grito de liberdade, um basta ao machismo e ao silêncio pela falta de protagonismo da nossa própria vida”, conta a artista, que ganhou em 2019 o prêmio Braskem de Teatro como melhor atriz pelo espetáculo “Sonhos de Uma Noite de Verão na Bahia”, dirigido por João Falcão.
Ana Mametto no Preta Bahia
Além da experiência na série, a cantora também comenta outros aspectos da carreira e da vida pessoa. Durante a entrevista, ela revela que nem sempre se reconheceu como uma mulher preta e conta que Daniela Mercury foi fundamental para ela enxergar a verdadeira essência do empoderamento.
Na época, a cantora tinha muitos contatos com músicos e cantores majoritariamente brancos, no entanto, a voz de "O Canto da Cidade" trabalhava apenas com pessoas pretas e isso fez a chave de Ana Mametto virar.
Mametto também falou do livro "Pombagira - A Entidade Silenciada", que expõe questões como preconceito, estereótipos, valores, liberdade de crença, perseguição e intolerância religiosa, através da história da entidade que surgiu no século XX e é cultuada por religiões de matriz africana até os dias atuais.
Alan Oliveira
Alan Oliveira
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