Existem várias expressões usadas pela população, de forma intencional ou não, que são fruto de uma construção racista. Muitas delas, inclusive, estão ancoradas no passado escravagista do Brasil e entranhadas na língua portuguesa.
Especialistas apontam que essas "microagressões" afetam diretamente o povo negro, diminuem a autoestima e inferiorizam essas pessoas. Para marcar o Novembro Negro, o iBahia reuniu 10 termos preconceituosos que não devem ser usados.
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Além dessas expressões, há outras reunidas pela Defensoria Pública da Bahia em um dicionário. O material está disposto na internet e pode ser acessado neste link.
Para não usar
Denegrir - Significa tornar negro e é levado em conta como sujar, manchar, com tom ofensivo.
Inveja branca - Se a inveja branca é tida como boa, a negra é ruim, associando a negatividade.
A coisa tá preta - Faz associação do preto a algo ruim, desagradável, perigoso.
Cor do pecado - Usada comumente como elogio, a expressão sexualiza corpos negros, principalmente o feminino, e ainda remete ao pecado dentro de uma sociedade tão pautada na religião, como a brasileira.
Preta de alma branca - Racismo disfarçado de elogio, para associar a pessoa negra a algo bom, memorável, por essa coisa ser de origem branca.
Cabelo ruim/duro - Termo usado para falar, de forma depreciativa, do cabelo crespo. Por não ser liso, classifica como ruim ou duro
Barriga suja - Se refere a mulheres que têm filhos negros, como se a barriga delas fosse impura por gerar um bebê negro.
Pé na senzala - Associa de forma negativa à origem negra.
Mercado/magia/lista/ovelha negra - Mais uma em que a palavra negra tem sentido ruim, pejorativo, ilegal.
Crioulo/crioula - Usado para falar de uma pessoa negra, com referência na escravidão
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Redação iBahia
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