O site do Boa Esporte foi hackeado neste domingo, em um protesto anônimo devido à contratação do goleiro Bruno. No lugar da página oficial apareceram mensagens acusando o clube de “apoiar diretamente o feminicídio”, além de pedir aos patrocinadores que retiram suas marcas do Boa Esporte.
Mais cedo, um dos patrocinadores do Boa Esporte — a empresa de suplementos nutricionais Nutrends Nutrition — anunciou rompimento do contrato com o clube.
Bruno foi condenado em primeira instância pelo assassinato de Eliza Samudio, com quem teve um filho, em 2010. O goleiro, que recebeu pena de 22 anos e três meses de prisão, entrou com recurso na segunda instância, que ainda não foi julgado. Uma decisão provisória do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que Bruno fosse solto e aguardasse em liberdade o julgamento do recurso. Na sexta-feira, dias após sua soltura, o goleiro teve contratação anunciada pelo Boa Esporte.
O clube divulgou nota oficial neste domingo, assinada pelo presidente Rone Moraes da Costa, em que se defende das críticas devido ao acerto com Bruno. O comunicado diz que a oportunidade dada pelo clube a Bruno não representa “nenhum crime conforme a legislação brasileira e perante a lei de Deus”.
A nota divulgada pelo Boa Esporte também afirma que o clube tenta “fazer justiça ajudando um ser humano”, e que “cumpre a legalidade dando trabalho a quem pretende se recuperar”:
“Quem nunca ouviu: o trabalho dignifica o homem? Então o argumento (de que) seria asqueroso, nojento ou imoral (a contratação do atleta Bruno), antes de mais nada, legalmente, faz parte da obrigação social da empresa, da sociedade em cooperar com a recuperação de um ser humano. Aqui não se condena à morte ou prisão perpétua”, diz a nota.
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Redação iBahia
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