O Discord, aplicativo de chat por texto, voz e vídeo, se tornou assunto nesta segunda-feira (26) após a repercussão de matéria veiculada no Fantástico de domingo (25).
Na reportagem especial, o programa denunciou criminosos que violentam e humilham meninas menores de idade na plataforma utilizada por gamers, em sua maioria.
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O aplicativo foi lançado em maio de 2015 e se tornou uma das principais referências para quem joga e deseja encontrar outros jogadores para partidas on-line ou até mesmo para criar times e comunidades.
Porém, apesar de unir pessoas que buscam companhia para as horas de jogatina, o Discord também atraiu criminosos à procura de vítimas.
“É importante que fique muito claro que não se trata de desafios que estão sendo praticados por adolescentes. Tratam-se de criminosos, a grande maioria maiores de idade, que utilizam a insegurança dessa plataforma em relação a crianças e adolescentes para praticar crimes gravíssimos contra essas meninas”, explicou a promotora Maria Fernanda Balsalobra ao "Fantástico".
No crime, a vítima é chantageada e passa a cumprir desafios para que fotos íntimas não sejam vazadas. Um dos criminosos denunciados possuíam um armazenamento exclusivo para as vítimas, com pastas separadas por nomes.
Um dos agressores se intitulava como um "deus" e pedia que a menina se ajoelhasse para ele durante chamada de vídeo. Ele está preso desde abril deste ano.
“A gente espera que os pais conversem preventivamente, busquem se os filhos têm alguma lesão, se ficam muito tempo dentro do quarto. O diálogo é importante”, explicou o delegado Fábio Pinheiro Lopes sobre o que pode ser feito pela família.
Novas prisões
Na última sexta-feira (23), dois criminosos que agiam na plataforma foram presos e outro foi identificado, mas está foragido.
Por conta dos diversos casos, o Ministério Público de São Paulo passou a investigar o Discord e alega falta de segurança na plataforma.
“Nós estamos apurando, através de um inquérito civil, a falta de segurança da plataforma Discord. Crimes individuais sempre vão ocorrer na internet", disse o promotor de Justiça Danilo Orlando.
"O que diferencia é a detecção de que nessa plataforma está ocorrendo um discurso estruturado de ódio. Um local propício para que eles planejem ataque as vítimas e, principalmente, transmitam o conteúdo do crime”, completou ao programa.
Posicionamento
Para o "Fantástico", o porta-voz do Discord afirmou que o aplicativo "não tolera comportamento odioso".
“Nós somos um produto gratuito para mais de 150 milhões de usuários ao redor do mundo, e de tempos em tempos, conteúdo mau e comportamento mau vão acontecer. Nós trabalhamos ativamente para remover esse conteúdo”, disse.
"Gostaria de enfatizar que a vasta maioria das interações de brasileiros usando Discord são positivas e saudáveis. Nós somos proativos e investigamos grupos que podem estar envolvidos em ameaças a crianças e trabalhamos para tirar esses agentes ruins da plataforma”, completou.
AGORA🚨: Fantástico com a matéria sobre o DISCORD
— Brenno De Moura (@mbrenno_) June 26, 2023
Vídeo do @brunoguzzo #Fantástico pic.twitter.com/5IG5FipcHk
AUTOR
Redação iBahia
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