O momento máximo do futebol muitas vezes vem com um toque de magia e beleza. Imagine quando isso acontece em uma Copa. Pensando nisso, vamos listar aqui algumas ‘pinturas’ que os craques brasileiros ‘assinaram’. Confira mais um texto do Baú dos Mundiais, do jornalista Paulo Cézar Gomes.:
1 – MENINO PELÉ “ENCHAPELA” DOIS E DÁ TOQUE SUTIL
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Foi na final da Copa de 1958 contra os donos da casa e o garoto Pelé, com então 18 anos, deixava o mundo da bola maravilhado com a sua habilidade. Recebendo um lançamento de Nilton Santos da esquerda, dá um 'banho de cuia' no gringo e sem deixar a bola cair, mata no peito e quase que de canela dá um toque sutil no canto. Uma “obra-prima que o Rei assina!”....
2 – GARRINCHA MANDA A BOMBA
Copa de 1962. No jogo entre Brasil x Tchecoslováquia, Mané Garrincha provou que suas pernas tortas ajudavam na arte de driblar e não atrapalhavam para mandar chutes de longe e certeiros. Meteu no ângulo de esquerda e impulsionou o Brasil para o bicampeonato.
3 – GÉRSON, NO GOL QUE ABRIU O CAMINHO PARA O TRI
Final da Copa de 70. O jogo era nervoso. Brasil e Itália disputavam não só o título de campeão, mas a posse definitiva da linda Taça Jules Rimet. O empate de 1x1, deixava a galera nervosa. No segundo tempo, o endiabrado Jairzinho parte pra cima da defesa italiana. É acompanhado por um marcador que mais parece um carrapato. Jair toca pra Gérson que se aproxima. O “canhotinha de ouro” também marcado por outro beque italiano, dá um drible seco, ajeita para a perna esquerda e meio de cabeça baixa, na altura da meia-lua, mete no canto esquerdo do goleiro. Um gol que deu a certeza do título e de belíssima plástica.
4 – O MAIS MAGISTRAL GOL COLETIVO DE TODOS OS TEMPOS!
Para muitos, esse foi o gol de jogada coletiva mais espetacular de todos os tempos. E coroou a vitória na final de 4x1 contra a Itália na final de 70. Gérson toca para Clodoaldo ainda no campo brasileiro, ele dribla de maneira espetacular três italianos fazendo fila, e abre para Rivelino que estica para Jairzinho na ponta esquerda. O “Furacão” se livra de dois italianos e toca para Pelé. O “Rei” domina e hipnotiza a zaga italiana na meia-lua. É o tempo em que ele vê chegando pela direita em passadas largas o “capitão Carlos Alberto Torres. Tostão, de costas pra zaga, sinaliza que o “capita” está chegando. Pelé faz a bola rolar como se fosse jogo de bilhar, na passada certa, Carlos Alberto encaixa uma bomba saída do “peito de pé” que estufa as redes italianas. Consagração!
4 - O “EFEITO-PERFEITO” NA BOMBA DE NELINHO
Quem assistiu a Copa de 78 na Argentina lembra bem do golaço do lateral Nelinho no jogo em que batemos a Itália por 2x1 na disputa do terceiro lugar. O lance começou na meia direita com a triangulação de Jorge Mendonça, Cerezzo e Roberto Dinamite. O centroavante vê Nelinho surgindo como um verdadeiro ponta e faz o passe; Nelinho, na altura do bico da grande área, domina dando um toque e manda uma bomba que pega um efeito fantástico mudando de direção e indo morrer no ângulo direito da meta, sem a menor chance de defesa para o goleirão Dino Zoff.
5 - UM “SEM PULO” MAGISTRAL DO “GALO”
Copa de 82, Brasil x Nova Zelândia. A "máquina de jogar futebol" do Brasil, comandada pelo Mestre Telê, toca a bola com tanta leveza e facilidade que os adversários parecem espectadores de luxo em campo. Em um lance que começa com Sócrates, passa por Cerezzo e chega ao lateral Leandro na linha de fundo pela direita; Zico, recebendo um cruzamento perfeito do seu colega de Flamengo, dá um “sem pulo” (ou meia bicicleta, como queiram) de maneira espetacular. Um golaço do "Galinho de Quintino" que entrou para a história das copas.
6 - O GOLAÇO DE FALCÃO CONTRA A ITÁLIA
A agonia e o sufoco foram desde o início naquele Brasil x Itália de 82. Paolo Rossi fazendo os gols e a gente empatando. Quando parecia que tudo estava perdido, eis que chegávamos a um golaço que parecia simbolizar o placar final e que nos dava a classificação. Júnior avançou pela meia-esquerda carregando a bola para dar tempo para o momento certo de tocar. Sócrates e Serginho foram para a área e Cerezzo atraiu a marcação e a atenção de parte da zaga italiana para o lado direito. Falcão recebeu de Júnior, deu duas cavadas para a esquerda e da meia-lua, mandou uma bomba sensacional que quase fura as redes da meta italiana. A comemoração foi épica, com um plano de imagem em close que captou a euforia e alívio do “Rei de Roma” e as veias estourando em seus braços.
7 – JOSIMAR EM SEU MOMENTO MÁXIMO
Na Copa de 86 no México, ele nem estava entre os 22 convocados. Foi chamado às pressas para o embarque pela desistência na última hora de Leandro. O botafoguense Josimar, lateral-direito, fez dois gols parecidos. Um contra a Irlanda e outro contra a Polônia, na inesquecível goleada de 4x1. O volante Elzo, meio de trivela, toca para Josimar que avança pela ponta. Ele recebe e parte pra cima do bico da grande área, passa por dois poloneses, tromba com o terceiro, perde o ângulo e manda um balaço, a bola passa pelo goleiro que nem viu por onde ela passou...
8 - A GRUDADA NO “PEITO DE PÉ” DO BAIXINHO
Jogão entre Brasil x Holanda, valia vaga para as semifinais. O zagueiro Aldair “encarna” Gérson e faz um lançamento de 40 metros para Bebeto que escapa em velocidade pela esquerda. O craque baiano vê o parceiro Romário entrando na área e lança perfeito. Romário de maneira rápida e genial dá a passada certa, faz a bola encaixar no peito de seu pé e empurra rápido como se fosse um elástico para as redes.
9 – TOQUE DO MAGO GAÚCHO
Brasil x Inglaterra, Copa de 2002. Falta perigosa pela direita para o Brasil. “Muvuca armada” na defesa da Inglaterra. Ronaldinho Gaúcho ajeita pra bater, todos apostam que ele vai meter na cabeça de algum grandalhão do Brasil, todos acreditam nisso, menos ele, que com um toque surpreendente, mete de primeira para o gol encobrindo o goleirão inglês e colocando no ângulo. Pura magia...
10 – FENÔMENO NELES!
Final de 2002, Brasil x Alemanha. Cafú pela direita toca pra Klebérson, que se manda pra receber na frente. Atrai a marcação de dois alemães. O volante toca para Rivaldo que faz um corta-luz sensacional, a bola sobra livre para Ronaldo dentro da grande área. O Fenômeno bate de primeira, seco no canto esquerdo de Oliver Kahn. “É penta! É penta!”
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Redação iBahia
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