A Bahia registrou em 2022, até o momento, 273 casos de meningites de diversas etiologistas, o que significa um coeficiente de 1,78 a cada 100 mil habitantes. O número representa um aumento de 136% em relação ao ano de 2021, quand0 105 casos foram registrados no mesmo período. Em 2020, foram 143.
De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia, a evolução dos registros está relacionada, possivelmente, à redução das medidas de controle da pandemia, como o isolamento social e uso de máscaras, adotadas durante a pandemia da Covid-19.
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Ainda conforme a pasta, em 2018 e 2019, no mesmo período, foram confirmados 337 casos (CI 2,19 mil/100 mil hab) e 348 casos (2,27/10mil hab) de meningites respectivamente por todas as etiologias. Ou seja, números maiores do que os registrados em 2022.
A infectologista Clarissa Cerqueira explica que os sintomas da meningite são semelhantes aos de outras doenças.
"Quando a gente fala da meningite, o paciente em geral tem dor de cabeça, febre e pode ter também dor no corpo. Mas a dor de cabeça e a febre são os principais sintomas e que são bem frequentes em outras doenças também. Então muitas vezes, se for uma meningite mais leve, a meningite viral, muitas vezes, a pessoa nem sabe que teve, passou sozinha… nas meningites mais graves, as bacterianas, realmente não passam sozinhas não. Tem que realmente procurar atendimento de urgência e receber antibiótico".
Clarissa Cerqueira destaca, ainda, que algumas ações podem ser cruciais para evitar a infecção da doença.
"Primeiro, o diagnóstico precoce, porque no caso das meningites bacterianas, tem algumas delas que a gente consegue fazer prevenção dos contatos, então pessoas que moram na mesma casa de uma pessoa que tem meningite ou contactantes da escola de uma criança com meningite, muitas vezes a gente consegue fazer um antibiótico para evitar que a pessoa desenvolva. Outra medida é atualizar a carteira de vacina. Tem as vacinas contra o hemofílicos influenza, e a vacina meningocócica e pneumocócica são as vacinas que previnem os casos graves de meningites bacterianas. Então tem que estar com essas vacinas em dia".
Prevenção
A vacina é a forma mais eficaz de prevenir a doença. Este ano, com o objetivo de aumentar as coberturas vacinais, o estado da Bahia ampliou a oferta da vacina meningocócica C conjugada para as pessoas de 1 ano de idade até 19 anos, 11 meses e 29 dias de forma seletiva.
Além disso, a Sesab recomenda a vacinação indiscriminada para profissionais de saúde com a vacina meningocócica C. Da mesma forma, também foi ampliado o público-alvo da vacina meningocócica ACWY, que estará disponível na rede pública, até junho de 2023, para os adolescentes de 11 a 14 anos.
Além da vacina meningocócica, na rede pública, temos outras vacinas disponíveis contra meningites bacterianas como: BCG, Pentavalente e pneumocócica 10 valente.
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Redação iBahia
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