As 35 presas que estavam custodiadas na 9ª Delegacia Territorial (DT/Boca do Rio) foram transferidas, na sexta-feira (27), para o Presídio Feminino, no Complexo de Penitenciária da Mata Escura, após suspeita de surto de meningite no local. Na noite da quinta, a detenta Luisy Maruja Gonzalez Blanco Ramos da Silva, 29 anos, morreu depois de ter dado entrada no Posto de Saúde do Marback com febre e tosse. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), ela teve contato com Jucicleide Maria dos Santos Cruz, 25, que está internada no Hospital Couto Maia, no Monte Serrat, com diagnóstico de meningite meningocócica do tipo B. Jucicleide havia sido transferida da 9ª DT no dia 17 deste mês para o Complexo Presidiário Feminino de Mata Escura, onde, segundo a Sesab, teria apresentado os primeiros sintomas no dia 22. Luisy foi submetida a tratamento preventivo após ter contato com Jucicleide. Ela e outras três detentas, que também apresentavam sintomas típicos da meningite (febre, vômitos e dores de cabeça), foram encaminhadas na última quinta (26) para Hospital Couto Maia. De acordo com a Sesab, após exames clínicos foi descartado o diagnóstico de meningite das três detentas. Já o corpo de Luisa foi encaminhado ao Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML) e exames feitos com material recolhido apontam que a detecção de meningite foi negativa. Segundo nota da Sesab, o IML informou que “a possível causa do óbito pode ter sido por pneumonia”, no entanto, o laudo oficial da causa da morte da detenta ainda não foi divulgado. Em nota, a Sesab informa que monitora a situação. Agendamento Prévio A delegada Maria Fernanda Portífirio de Souza, titular da 9ª DT, nega que a transferência das detentas tenha sido provocada pela suspeita de surto de meningite. “A transferência já tinha agendamento prévio. A medida segue a meta do secretário (Mauricio Teles) que é de esvaziar as delegacias”, diz a delegada. Golpe em família Luisy Maruja foi presa junto com a mãe e a tia, no início do mês, acusada de aplicar golpes em hotéis e pensões da capital. Aida Maria Rosa Bispo Blanco, mãe de Luize, e a irmã Mercedes Maruja Rosalez Blanco passaram quatro meses hospedadas em uma pensão na Barra sem pagar e foram denunciadas por estelionato. Luisy ainda foi enquadrada na Lei Maria da Penha por ter sido flagrada agredindo a própria avó e em uma vizinha de dois anos. Naturais de Salvador, as mulheres viviam de golpe em golpe, alugando apartamentos por temporada e dando calote em hotéis. "Quando a coisa apertava, elas ficavam na casa de uma tia na Paralela", diz a delegada Maria Izabel Garrido, da 14ª delegacia (Barra). Na delegacia, a gerente do hotel também denunciou o golpe - para justificar a falta de pagamento, as irmãs diziam que estavam para receber uma pensão de R$ 25 mil no Canadá e que aguardavam somente a regulamentação de alguns documentos. A estimativa é de que a dívida da família com o hotel tenha chegado a R$ 10 mil. Informações são do Correio*
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade