Operário faz ajustes em novo equipamento de coleta de lixo na Barra
Foto: Evandro Veiga/Correio
Comuns nas principais cidades europeias, os coletores de resíduos subterrâneos ainda estão distantes da realidade brasileira, restritos a poucos municípios: São Paulo, Paulínia (SP) e Fortaleza. Nesta semana, Salvador anunciou que também passará a contar com a tecnologia.
Funciona assim: o lixo é colocado dentro do recipiente, como em qualquer lixeira comum. Só que o recipiente não tem fundo. Logo, todos os resíduos vão parar no contêiner, que está bem abaixo da superfície. Quando o caminhão chega para fazer a coleta, um dos garis usa um controle remoto para acessar os espaços subterrâneos.
Daí, o chão abre, literalmente. “Ele levanta como se fosse uma tampa”, explicou ao jornal Correio a presidente da Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb), Kátia Alves. Quando a “tampa” sobe, até a lixeira que fica visível vai junto. O caminhão, adaptado com uma grua, puxa o contêiner e despeja o conteúdo na caçamba. Depois, coloca a caixa no lugar e a tampa – no caso, a calçada – é fechada.
O piso é feito com o mesmo material do resto da calçada, de acordo com a presidente da Limpurb. “Em cada uma das caixas tem um dispositivo que dispara na empresa quando tiver chegado a 80% da capacidade. O caminhão vai lá e faz a retirada”, explica. Os contêineres com dois marcos comportam 1,6 tonelada. Já os de três podem carregar 3 toneladas.
A expectativa é que a novidade reduza os gastos com as viagens. “Enquanto no sistema comum a gente tem que fazer a coleta todo dia, agora vamos fazer quando atingir a capacidade”, comenta Kátia.
Benefícios do equipamento
Além disso, os coletores isolam o lixo, evitando o mau cheiro e a presença dos animais, conforme destaca o secretário municipal da Cidade Sustentável, André Fraga. “Vamos ter um armazenamento mais adequado, além da estética”, destaca.
Os novos recipientes também facilitariam a coleta seletiva. No equipamento com três caixas da Barra, por exemplo, duas ficarão reservadas para lixo úmido e uma para lixo seco. “Vamos deixar de levar para o aterro um resíduo que pode ser reaproveitado, o que vai ajudar as cooperativas e catadores”, aponta Kátia. Hoje, existem 19 cooperativas de catadores em Salvador.
Sistema semelhante revolucionou a coleta seletiva em Estocolmo, capital da Suécia
Foto: Spacing Magazine
Lixeiras discretas
A previsão é que, até o final de agosto, a capital baiana já conte com pelo menos três contêineres subterrâneos funcionando na Barra. Basicamente, são grandes latões de lixo que ficam debaixo do chão – do concreto mesmo, no passeio. E não dá para notar: um desavisado verá algo que parece uma lixeira comum, com cerca de 1 metro de altura.
Até setembro, as novas lixeiras já devem ter chegado também ao Mercado Modelo. Segundo Kátia Alves, a meta é instalar 20 equipamentos em diferentes pontos da cidade até o final de 2015. “A limpeza é dividida entre quatro empresas e cada uma vai implantar em alguns pontos. Mas a ideia é expandir isso. Vamos colocar na orla e em pontos turísticos”, garante Kátia.
Custo-benefício
No entanto, até chegar aos benefícios, o investimento é alto. Um contêiner com três caixas custa cerca de R$ 120 mil, enquanto o de dois marcos custa R$ 80 mil. Enquanto isso, o valor médio dos contêineres normais, cuja capacidade é de 300 quilos, é de R$ 2 mil.
Os subterrâneos são importados do Porto, em Portugal. “Nós temos cerca de 300 desses lá, o que corresponde a 50% do total da cidade (do Porto). Temos uma parceria com a prefeitura para substituir todas as lixeiras gradativamente”, diz o diretor de operações da TNL, empresa que vende os equipamentos, Rodrigo Aires.
De acordo com Kátia Alves, não haverá custo para a prefeitura de Salvador. “São as empresas que compram. É uma cláusula do contrato com elas a modernização do serviço de limpeza urbana”, garante.
O gerente de gestão operacional da Revita, empresa responsável pela limpeza de cerca de 60% da área de Salvador, Fábio Andrade, diz que este é um projeto piloto. “O objetivo agora é observar o custo-benefício do projeto. Vamos observar os resultados para levar a melhor alternativa para cada área”, conta.
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