Em cinco anos, entre 2015 e 2019, a proporção de adolescentes grávidas em Salvador mais do que dobrou, passando de 6,2% para 17,3% e levando a capital ao primeiro lugar do ranking nesse indicador entre as capitais - empatada com Maceió (AL). Os dados, resultados da Análise dos Indicadores Comparáveis da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2009-2019, foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE) na quarta-feira (13).
O aumento foi na contramão do verificado no total das capitais, onde a proporção de adolescentes, dentre as que já tinham relação sexual, que engravidaram caiu de 7,2% para 6,5%. Com o 2º maior aumento em pontos percentuais, Salvador passou a liderar o ranking das capitais brasileiras nesse indicador, em 2019, empatada com Maceió/AL (17,3%). Em 2015, a capital baiana estava apenas no 18º lugar.
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Esse dado é resultado de uma proporção maior de adolescentes fazendo sexo sem proteção, contra doenças ou contra gravidez. Em 2009, quase 7 em cada 10 estudantes que já haviam feito sexo (69,6%) disseram que um dos parceiros usou camisinha na última relação; dez anos depois, o percentual havia caído para pouco mais da metade (54,9%).
Quando se leva em conta, além da camisinha, a adoção de outros métodos para evitar gravidez durante a relação sexual, também houve recuo, embora bem menos intenso. Em 2019, 67,7% dos estudantes soteropolitanos do 9o ano que já tinham feito sexo adotaram algum método para evitar gravidez (inclusive camisinha), frente a 69,9% em 2009.
Outra estatística que apresentou crescimento foi a de quantidade de estudantes que já haviam tido ao menos uma relação sexual. Em 2019, na capital baiana, quase 4 em cada 10 estudantes do 9º ano não eram mais virgens, o que representam 38,2% e o terceiro maior percentual entre as capitais.
Embora em 2019 a proporção dos estudantes que haviam tido relação sexual continuasse bem maior para homens (44,8%) do que mulheres (31,6%), foi apenas entre elas que o indicador avançou frente a 2009, quando 24,4% das estudantes mulheres haviam feito sexo, frente a 50,7% dos homens.
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Redação iBahia
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