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SALVADOR

Ministério Público da Bahia denuncia empresários por tortura a funcionários em Salvador

Um dos jovens teve as mãos queimadas pelos homens e o outro foi agredido com pauladas, por um suposto furto de R$ 30 da empresa

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Redação iBahia

11/10/2022 às 13:50 - há XX semanas
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					Ministério Público da Bahia denuncia empresários por tortura a funcionários em Salvador
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou os empresários Alexandre e Diógenes Carvalho pelo crime de tortura, cometido contra William de Jesus Conceição e Marcos Eduardo Serra Silva, em agosto, em Salvador.

Na denúncia, o MP pediu a prisão preventiva dos acusados. Um dos jovens teve as mãos queimadas pelos homens e o outro foi agredido com pauladas, por um suposto furto de R$ 30 da empresa. Os jovens negam que tenham roubado o dinheiro.

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As investigações começaram no final de agosto, depois que umas das vítimas registrou ocorrência. No mesmo dia, o dono do estabelecimento foi ouvido pela polícia e disse que teria agredido as vítimas porque havia ficado chateado com o sumiço de R$ 30 da loja. O outro jovem registrou o crime depois.

Os empresários foram ouvidos pela Polícia Civil e confessaram que cometeram lesão corporal contra os jovens, mas nega que tenha ocorrido tortura.

Agressões
Na época do crime, um dos jovens que denunciou o patrão, afirmou que o processo de agressões foi feito devagar, e que os suspeitos demonstravam satisfação com o sofrimento que ele sentia.

“A todo momento não vi arrependimento no olhar dele. Eu vi o querer fazer toda essa situação que ele fez comigo. Ele queimava com calma para eu sentir a dor. Eu gritava muito, apesar de eu estar com o pano a boca, para não fazer zoada, para não chamar atenção. Ele me queimava devagar, com aquela crueldade, ainda falando que não queria estar na minha pele”, disse.

Segundo o jovem, ele não esperava que fosse ser agredido. Os homens teriam o atraído ao local das agressões com a justificativa de que seria para ele trabalhar.

“Eles me chamaram para trabalhar. Aí quando eu cheguei lá, já era uma emboscada. Começaram a falar que eu estava roubando, aí começaram as agressões, tanto física quanto verbal, fizeram aquela tortura. Só eu sei o que eu passei”, contou.

O jovem disse também que sofreu tanto que não consegue estimar quanto tempo passou sendo agredido pelos suspeitos.

“Brincaram comigo como se eu fosse um objeto. Acho que foi uma hora ou 40 minutos [de agressões], não sei, era muito doloroso para mim contar o tempo. Passei por muita dor e muito sofrimento. Eu pedi a todo instante para ele parar, pedia a todo momento pela minha vida e ele só me agredia. Quando ele queimou, no olhar dele, ele estava feliz”, disse.

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