Os laudos periciais do caso envolvendo dois ex-funcionários de uma loja do centro de Salvador, que foram agredidos pelo patrão sob a suspeita de furto, atestaram tortura. De acordo com informação divulgada na TV Bahia, durante o programa Jornal da Manhã, o delegado responsável pelo caso e titular da 1ª Delegacia (Barris), William Achan, informou que os documentos serão anexados no inquérito policial.
O prazo para conclusão do inquérito e entrega no Ministério Público da Bahia (MPBA) não foram divulgados. O crime aconteceu no dia 19 de agosto e a defesa dos investigados pela agressão, chegou a relatar que a dupla teria cometido apenas maus tratos contra as vítimas de 24 e 21 anos.
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O iBahia solicitou mais informações à Polícia Civil e em nota, a entidade informou que o "inquérito encontra-se em fase conclusiva e os desdobramentos estão sob sigilo."
Crime
A violência com os jovens aconteceu no mês de agosto e as imagens das agressões foram divulgadas nas redes sociais. De acordo com relatos das vítimas, as imagens teriam sido compartilhadas como um “aviso”. Um dos jovens foi agredido com pauladas nas mãos e o outro teve as mãos marcadas com o número 171, em referência ao artigo 171 do Código Penal Brasileiro, que trata sobre o ato de estelionato, ou seja, enganar outras pessoas para conseguir benefícios próprios.
Os vídeos das agressões foram entregues na 1ª Delegacia Territorial (DT), nos Barris, onde o caso foi registrado. O material está sendo usado nas investigações. No dia 26 de agosto, o delegado William Achan, informou que os suspeitos confessaram as torturas em depoimento e disse que teria agido dessa forma porque havia ficado chateado com o sumiço de R$ 30 da loja.
Os dois suspeitos só foram ouvidos pela Polícia Civil no dia 31 de agosto. O gerente pela primeira vez e o dono pela segunda. Em entrevista cedida à imprensa, o delegado que cuida das investigações, William Achan, informou que caracteriza as agressões como tortura, mas disse que ainda não havia elementos para as prisões dos suspeitos e que, por isso, os pedidos ainda não foram feitos.
Segundo o delegado, os homens não representam perigo para a sociedade, não oferecem risco às vítimas, estão colaborando com as investigações e não têm passagens pela polícia.
O Ministério Público do Trabalho (MPT-BA) também apura o caso. Já o MP-BA disse ao iBahia que aguarda a finalização do inquérito da polícia para “tomar as medidas cabíveis”.
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Redação iBahia
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