Na tarde desta terça-feira (22), a prefeitura de Salvador sancionou a lei que muda o nome da Avenida Adhemar de Barros, em Ondina, para Avenida Milton Santos, o geógrafo baiano ganhador do Prêmio Nobel de Geografia. O nome será oficializado após a entregas da 2ª etapa de requalificação da via.
Quem foi Milton Santos?
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Milton ficou conhecido mundialmente por suas pesquisas que englobavam o mundo da sociologia, economia e política com a geografia. Suas falas sobre a urbanização e a geopolítica em países pobres lhe concederam o prêmio Vautrin Lud, considerado o "Nobel da Geografia", sendo o primeiro latino americano a receber a distinção.
Nascido no interior da Bahia, em Brotas de Macaúbas, Milton é filho e neto de professores com quem aprendeu a falar francês. Aos 10 anos, já morando na capital baiana, Santos se interessou por Geografia através de um de seus professores Oswaldo Imbassahy e ainda com 15 anos começou a lecionar na área.
Formado em direto pela Universidade Federal da Bahia, nunca chegou a exercer a profissão, já que em seguida resolveu mudar-se para Ilhéus, onde foi professor de Geografia no ginásio do colégio municipal. Durante muitos anos foi correspondente do jornal A Tarde, quando foi convidado para fazer doutorado na França, onde completou os estudos com uma tese sobre o centro da capital baiana.
Após concluir os estudos na Europa, o geógrafo retornou a capital baiana e fundou o Laboratório de Geomorfologia e Estudos Regionais da Universidade Federal da Bahia, da qual se tornou livre docente em Geografia Humana.
Ingressou no estado como subchefe da casa civil do estado a convite do então presidente Jânio Quadros, mas foi interrompido pelo golpe militar. Passou 13 anos em exílio pesquisando processos e as estruturas de urbanização das cidades em países menos desenvolvidos.
O grande teórico faleceu em 24 de junho de 2001, com 75 anos, vítima de um câncer, deixando para as futuras gerações suas pesquisas e teorias sobre os impactos da globalização como divisora do mundo, causando o que ele nomeava de “globalização como perversidade".
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Redação iBahia
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