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SALVADOR

Dia de Cosme e Damião: veja programação dos festejos em homenagem aos santos em Salvador

Celebrações seguem até às 18h na capital baiana; veja horários

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Redação iBahia

27/09/2022 às 7:07 • Atualizada em 28/09/2022 às 10:38 - há XX semanas
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Nesta terça-feira, dia 27 de setembro, se comemora no Brasil o Dia de Cosme e Damião. Mas, aqui na Bahia, os festejos tem um gostinho especial; não só pelos pratos com dendê, como o caruru e o vatapá, mas pela tradição das homenagens pelos devotos que são de diferentes religiões.

Na Igreja Católica, os festejos oficiais dos santos aconteceram na segunda (26) - data na qual a religião celebra a memória litúrgica de Cosme e Damião. Mas, ainda assim, por conta da união existente aqui no estado, as homenagens só encerram hoje. A programação da Igreja - que fica no bairro da Liberdade - conta com celebrações durante todo o dia começando às 05h30 e seguindo às 07h, 08h30, 10h, 12h, 15h30 e às 18h. A procissão, que sairá da Matriz, está prevista para às 17h.

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Os fiéis irão caminhar da igreja até o Largo da Lapinha, retornando pela estrada principal da Liberdade. O tema escolhido para este ano foi: “Santos Cosme e Damião: homens de comunhão, participação e missão; homens da Igreja”. Nas religiões de matriz afriana, como o candomblé e a umbanda, as programações são exclusivas de cada casa.

História dos Santos Gêmeos

São Cosme e São Damião nasceram na cidade de Egéia, na Arábia, por volta do ano 260. Eram gêmeos, filhos de família nobre. Sua mãe, Teodata, ensinou-lhes a fé cristã, e ensinou-lhes de tal forma, que Jesus Cristo passou a ser o centro de suas vidas. Os irmãos foram estudar na Síria, na época, um grande centro de estudos e formação. Lá, os gêmeos se especializaram nas ciências e na medicina. Tornaram-se médicos famosos pela competência, obtendo grandes sucessos nos tratamentos, como também na caridade para com os doentes.

Por causa da profunda formação cristã que tiveram, os irmãos, vivendo num mundo paganizado, decidiram atrair as pessoas para Jesus Cristo através do exercício da medicina. E faziam isso não de maneira impositiva ou constrangedora, mas, principalmente, através da caridade, do amor e da competência. Os santos não cobravam por seus serviços médicos, por esta razão espalhou-se a ideia de que os gêmeos não gostavam de dinheiro.

Na mesma época em que eles trabalhavam e ensinavam em nome de Jesus, o imperador Diocleciano lançou uma grande perseguição contra os cristãos. E o local onde eles viviam era dominado pelos romanos. Por isso foram presos sob a acusação de feitiçaria e de espalharem uma seita proibida pelo imperador. No tribunal, foi exigido deles que renunciassem à fé em Jesus Cristo e começassem a falar aos pacientes sobre os deuses romanos. Eles se recusaram, não renunciaram aos princípios do Evangelho e por isso foram duramente torturados.

Cosme e Damião foram condenados à morte por apedrejamento e flechadas, mas não morreram quando atingidos. Então, o magistrado ordenou que fossem queimados em praça pública. Executaram a sentença, mas o fogo não os atingiu. Os soldados decidiram afogar os dois, mas eles foram salvos por anjos. Por fim, a mando do magistrado, os torturadores lhes cortaram as cabeças.

Os santos foram sepultados pelos pacientes que tinham sido curados por eles. Mais tarde, seus restos mortais foram transladados para uma Igreja dedicada a eles, construída pelo Papa Felix IV, em Roma, na Basílica do Fórum. Lá e em toda a Igreja, eles são venerados como santos mártires, ou seja, morreram por testemunharem sua fé em Jesus Cristo e não renegarem esta fé.

Vale ressaltar que para o catolicismo, não havia nenhuma ligação entre os irmãos e as crianças ou a distribuição de doces. Essa prática veio da associação que os escravos fizeram de Cosme e Damião cos orixás da umbanda e do candomblé chamados de Ibejis, filhos gêmeos de Xangô e Iansã. Como havia muita repressão na época da escravidão no Brasil aos cultos africanos, os negros precisavam adorar suas divindades sempre associando a algum santo católico.

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