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SALVADOR

Designer vítima de espancamento em Salvador relembra agressão do namorado: 'Me bateu até eu desmaiar'

Bruna Alexandra Colzani, de 35 anos, foi espancada pelo então namorado Henrique Vilela Gonçalves, no dia 29 de dezembro

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Redação iBahia

06/01/2023 às 10:34 - há XX semanas
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					Designer vítima de espancamento em Salvador relembra agressão do namorado: 'Me bateu até eu desmaiar'
Foto: Reprodução / Redes Sociais

A designer de interiores Bruna Alexandra Colzani, de 35 anos, espancada pelo namorado em Salvador, relatou à TV Bahia os momentos de tensão que passou com o agressor. Henrique Vilela Gonçalves chegou a ser preso e responde em liberdade.

No dia 29 de dezembro, Bruna e Henrique estavam em um bar no bairro do Dois de Julho. Eles encontraram um amigo do homem, antes dele passar a ameaçar a vítima e agredí-la, por ciúmes.

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"Hoje minha cabeça ainda dói muito, minha costela também está bastante dolorida, meu corpo no geral. [No dia do crime] A gente chegou no bar para encontrar o amigo dele, que tinha chegado de viagem. Estávamos conversando normal, e ele começou a ficar com ciúmes do nada. Ciúmes no geral, porque estávamos em uma conversa em galera, não foi uma conversa só entre eu e o amigo dele para causar isso", disse à TV Bahia nesta sexta-feira (6).


				
					Designer vítima de espancamento em Salvador relembra agressão do namorado: 'Me bateu até eu desmaiar'

"Ele começou a me olhar com cara de ameaça. Eu notei que ele estava com ciúme, pedi para ir no banheiro, aí eu fui no banheiro e pedi para a dona do bar, para que ela me escondesse", relembrou.

Segundo a vítima, após se esconder, ela pediu ajuda ao pai de Henrique, que é ex-policial militar, mas ele negou socorro. Minutos depois de ter pedido ajuda, ela foi surpreendida por Henrique invadindo o quarto onde estava escondida.

"Ela me escondeu no quarto, que fica em cima do bar. Eu liguei para o pai dele, para vim tentar resolver, acertar as coisas, porque eu sabia que ele [Henrique] ia acabar me agredindo. O pai dele disse que não iria se meter. Aí ele invadiu o quarto da menina, me encontrou lá, e começou as agressões, começou a me dar chutes e socos".

"Ele começou as agressões e eu só fiquei perguntando o porquê que ele estava me batendo. Ele não respondia, só foi me batendo até eu apagar [desmaiar]".

Bruna disse que, quando acordou, estava no chão do banheiro e o pai de Henrique a levou para casa. Ela conta que acordou e viu o ex-sogro e um amigo dele. "Só lembro que eu acordei no chão, debaixo do chuveiro, com o pai dele e um amigo do amigo do pai, jogando água e dando tapinhas na minha cara, para eu acordar. Eu acordei e ele [pai do agressor] falou assim: ‘vou te levar para sua casa, ele vai pegar as coisas dele e vai sair de lá, e eu te deixo em casa’.

Quando chegou em casa, Bruna disse que o então namorado estava lá e que disse que não sairia do local. Foi então que a designer resolveu chamar a polícia. Quando a equipe da Polícia Militar chegou à casa de Bruna, Henrique foi algemado e levado para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), no bairro de Brotas, junto com o pai dele e ela, que precisava prestar depoimento.

"Chegando lá, ele deu depoimento primeiro e eu fiquei na sala de espera. Eu estava vomitando muito, devido a um chute na costela, e depois eu fui dar o meu depoimento, só que a delegada não estava lá, estava fazendo via web. Depois que eu terminei meu depoimento, a delegada chamou o pai dele para falar alguma coisa, e mandou o pai dele me levar para o HGE [Hospital Geral do Estado]".

Bruna foi internada com traumatismo craniano, em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HGE. Já hospitalizada, Bruna foi impedida de se comunicar com a mãe pelo pai de Henrique. "Eu só pedia para ele [pai] ligar para minha mãe, e ele fingindo que estava ligando e dizendo que ela não atendia. Em nenhum momento ele ligou, porque minha mãe me descobriu três dias depois. Eu fui internada e fui direto para a UTI. Toda vez que eu acordava, nos horários de visita, eu via o pai dele. Nunca era minha mãe. Eu sempre perguntava: ‘cadê a minha mãe?’, e ele dizia que não estava conseguindo falar".

A designer teve alta na quinta-feira (5). O caso é acompanhado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e segue sob investigação da Deam. A Polícia Civil ainda não informou se o pai de Henrique também será investigado.

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