A proposta de implantação do novo circuito do Carnaval de Salvador foi entregue à Prefeitura nesta quinta-feira (18), pelo Conselho Municipal do Carnaval (Comcar).
O documento aponta benefícios e vantagens referentes à realização da folia no trecho de orla que vai do Centro de Convenções de Salvador, na Boca do Rio, até a entrada da Avenida Pinto de Aguiar, em Patamares.
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A ação ocorreu no Palácio Thomé de Souza e contou com as presenças de representantes de entidade, além do presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington.
De acordo com a proposta, a medida seria uma alterativa para trazer mais conforto a moradores e visitantes, além de melhor estrutura para mobilidade, acessibilidade e serviços públicos em geral.
O prefeito Bruno Reis afirmou que a o documento será avaliado pela equipe técnica da Prefeitura.
“Vamos discutir internamente os detalhes e a viabilidade de execução dessa proposta. A intenção é dar o parecer com maior brevidade possível”, assegurou.
Abaixo-assinado contra criação do novo circuito
Enquanto o projeto é entregue à Prefeitura, um abaixo-assinado ocorre em paralelo, contrário à aprovação do novo circuito.
Moradores, empresários e trabalhadores da região Barra/Ondina se juntaram na campanha "S.O.S Carnaval SSA". O objetivo é chamar atenção e defender a permanência da tradição no circuito Dodô, além da revitalização do carnaval no Centro da Cidade.
Segundo a campanha, um abaixo-assinado já dispõe de cerca de 5 mil assinaturas em prol a preservação do Carnaval nos moldes conhecidos pelos baianos.
Uma Audiência Pública sobre o futuro do carnaval será realizado na Câmara Municipal de Salvador no dia 23 de agosto.
Posicionamento de artistas
Assim como a associação de moradores, alguns artistas também estão se posicionando sobre a possibilidade de mudança do circuito Dodô (Barra-Ondina) contra e a favor.
Ao menos para os cantores Márcio Vitor, comandante do Psirico, Tony Salles, do Parangolé, Lincoln, O Poeta e o O Kanalha, toda mudança é bem vinda. Para os grandes nomes do pagode baiano, não importa o circuito e sim levar boas música e astral para os foliões.
“Eu sou um operário do carnaval, acho que toda mudança que seja positiva pro povo, pensando no conforto e no bem-estar. Eu quero que as pessoas vistam fantasia, que as pessoas dancem, tanto o rico, o classe média e o de lá de baixo. Então tem que ter acessibilidade. Eu sou feliz com qualquer mudança que seja melhor para o povo, os artistas estão ali pra fazer o trabalho deles, o povo tá ali e precisa de banheiro químico e de ar-condicionado no buzu pra chegar lindo lá.”, disse Márcio Victor.
“Qualquer mudança ela é bem vindo, seja ela benéfica. Acho que todo mundo tá estudando, tanto que ainda não confirmado de fato. Mas eu sou muito aberto a essa mudança. Eu acho que se for benéfica para o carnaval, vale sim a gente abraçar.”, ponderou Tony Salles.
“Toda mudança a gente toma um susto, então a gente fica perguntando quais são os motivos, se é questão de segurança, vizinhança… Gestor público é algo que eu admiro, eles devem estar ouvindo os artistas, tentando atender a todas as comunidades… Eu como cantor, quero estar com a roupa [figurino] no corpo, microfone na mão e servindo o povo com a minha música. É o que eu sei fazer.”, completou Lincoln.
Já Bell Marques fez uma declaração nas redes sociais, em que afirma que a mudança não deveria ser concretizada já para o ano que vem.
“Pense num problema. A todo instante, todos me perguntam qual a minha opinião sobre o assunto. Eu não conheço o projeto então é muito difícil eu dar uma opinião. Uma pena porque eu nasci no carnaval, eu tenho grandes blocos no carnaval, a minha vida é o carnaval, e com certeza, por menor que fosse, a minha opinião iria contribuir para o projeto”, diz em um trecho.
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Redação iBahia
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