

Com o intuito de resgatar a ancestralidade e apresentar personalidades negras a clientes, a afroempreendedora Aline Santana criou um álbum de figurinhas com ícones pretos brasileiros e de outros países. A ideia é inspirada no Álbum da Copa do Mundo, que faz muito sucesso entre os torcedores no período do campeonato mundial.
Entregue como brinde para mulheres e homens que compram os produtos da loja especializada em cabelos crespos e cacheados que a baiana tem, o recorte traz nomes como as cantoras Elza Soares e Margareth Menezes, a atriz Viola Davis, e o escritor Machado de Assis.
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Ao todo, são 20 figurinhas que podem ser coladas nos respectivos quadrados do álbum. Cada um ao lado da história da personalidade correspondente. A surpresa fica no final, onde o espaço da 21ª figurinha é substituído por um espelho, para reforçar a importância do cliente.
A construção surgiu de um trabalho que Aline já desenvolve na loja "Cara Minha". Desde o início do empreendimento, dois anos atrás, além de outros brindes, a baiana passou a enviar postais estampados com personalidades negras, com o mesmo objetivo do álbum.

"Há dois anos, é um passo de formiguinha que vai construindo algo mais sólido. Eu quero sempre que a cliente tenha uma experiência. Então, com isso, a experiência da cliente é sempre melhor", falou.
Em entrevista ao iBahia, Aline revelou que passou a ter a atitude depois de ver uma publicação em rede social de Tia Má, onde a também baiana falava justamente sobre ancestralidade. Daquele momento em diante, a afroempreendedora quis repassar o conhecimento.
"Tia Má fez um post dizendo que antes dela vieram outros, e aí ela postou várias imagens de pessoas que eu não conhecia. Então, foi a partir desse não saber meu que eu quis fazer com que as pessoas soubessem mais. A partir do momento em que eu sabia um pouco mais, eu repassava isso".

A ideia tem dado certo e levou Aline a dar mais esse passo neste mês, em que é celebrada a consciência negra. O reconhecimento vem dos clientes, que elogiaram a atitude e deram depoimentos para a baiana reforçando a importância do ato.
"Eu quero que mais pessoas conheçam a nossa história. Essa história que não é contada. Então, já que não foi contada esses anos todos, que nós contemos nossa história, que nós espalhemos a nossa história", ressaltou. "Esse trabalho não é feito apenas em novembro, apenas na consciência negra, é feito todos os meses e diariamente também", completou.

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Alan Oliveira
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