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Disputa por terras

Policial militar reformado é um dos suspeitos de matar indígena na BA

Suspeito segue preso no Batalhão da Polícia Militar de Itabuna, no sul da Bahia

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Iamany Santos

23/01/2024 às 15:15 - há XX semanas
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Um dos homens presos em flagrante suspeito de matar a tiros uma mulher indígena da etnia pataxó e pela tentativa de de homicídio contra um cacique no domingo (21), é um policial militar reformado. As informações são g1. O crime aconteceu na Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, na zona rural de Potiraguá, no sul da Bahia.


				
					Policial militar reformado é um dos suspeitos de matar indígena na BA
Conflitos aconteceram neste domingo (21). Foto: Reprodução / Redes Sociais

Devido a violência na região, comunidades tradicionais pediram reforço da segurança à Força Nacional. Até o início da tarde de terça-feira (23), as comunidades não receberam nenhuma resposta.

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Ainda segundo o g1, o PM está preso no Batalhão da Polícia Militar de Itabuna, município que também que fica no sul da Bahia. O outro suspeito preso é um fazendeiro, que segue preso no Conjunto Penal de Vitória da Conquista, no sudoeste do estado.

A indígena que morreu foi identificada como Maria Fátima Muniz de Andrade e o cacique baleado é Nailton Muniz Pataxó. Ele segue internado no Hospital Cristo Redentor, em Itapetinga, cidade a cerca de 69 km de Itapetinga. Ele foi atingido no rim e passou por cirurgia.

Depois do procedimento médico, o cacique foi transferido para um outro hospital. O nome da unidade de saúde não foi divulgado por questões de segurança.

Os outros indígenas que ficaram feridos na ação, entre eles uma mulher que teve o braço quebrado, foram hospitalizados. Eles não correm rico de morte.

Ministra visita a Bahia após violência

Uma comissão liderada pela ministra Sônia Guajajara visitou a Bahia, na segunda-feira (22), para acompanhar o ataque. Já nesta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se colocou à disposição para encontrar uma solução "pacífica" para a disputa que terminou com a morte de uma indígena.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), a situação aconteceu devido a ação de um grupo intitulado Movimento Invasão Zero. O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) afirmou que o ataque aconteceu por conta de disputa de terras entre indígenas e fazendeiros.

Ainda segundo o MPI, cerca de 200 ruralistas da região se organizaram através de um aplicativo de mensagens e convocaram os fazendeiros e comerciantes para recuperar, por iniciativa própria e sem decisão judicial, a posse da fazenda Inhuma, ocupada por indígenas no último sábado (20). Eles teriam cercado a área com dezenas de veículos.

Além dos fazendeiros detidos, um indígena que portava uma arma artesanal também foi preso pelos policiais. Conforme a Polícia Militar, um ruralista foi ferido com uma flechada no braço, mas está estável.

Durante a ação foram apreendidas quatro armas de fogo encontradas com os fazendeiros. O material foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT).

O caso é investigado pela delegacia de Itapetinga e acompanhado pela Diretoria Regional de Polícia do Interior (Dirpin/Sudoeste-Sul)

A Secretaria da Segurança Pública determinou o reforço, por tempo indeterminado, do patrulhamento ostensivo na região.

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