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SAÚDE

Radicais livres: o que são, como se formam e cuidados

Radicais livres não possuem apenas funções ruins. Quando produzido de forma equilibrada essas moléculas agem com atividade bactericida

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Redação iBahia

22/03/2021 às 17:06 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:22 - há XX semanas
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Os radicais livres são moléculas instáveis, reativas, resultantes do metabolismo do organismo, que gera estresse oxidativo. São formados a todo o momento pelos processos naturais do metabolismo: inflamação, ativação de algumas enzimas, radiação ultravioleta, tabagismo, estilo de vida e dieta nadas saudáveis, e também com o estresse emocional.

A exposição solar exagerada é a mais importante causa do envelhecimento, uma vez que a produção dos radicais livre dessa reação afeta principalmente o DNA, causando danos genéticos.

Problemas dos radicais livres para a saúde

Além de piorar o processo do envelhecimento, o estresse oxidativo causado pela geração de radicais livres pode:

• Aumentar o risco de doenças cardiovasculares

• Aumentar o risco de complicações em indivíduos diabéticos

• Alterar o sistema imunológico

• Gerar problemas reumáticos, como artrite

• Impactar no surgimento de câncer

Além disso, antioxidantes em dosagens acima da recomendação diária também são contraindicados, pois podem ser transformados em uma substância pró-oxidante que favorece o estresse oxidativo, podendo promover até a carcinogênese.

No entanto, os radicais livres não possuem apenas funções ruins. Quando produzido de forma equilibrada essas moléculas agem com atividade bactericida, o que é muito importante para a defesa do organismo.

Radicais livres impactam no envelhecimento | Foto: reprodução / Revista ABM

Como se prevenir contra os radicais livres

O nosso organismo possui mecanismos próprios de neutralização dos radicais instáveis, quando estes são produzidos em quantidade habitual. Porém, esse mecanismo é reduzido com o processo de envelhecimento.

Evitar o tabagismo, a radiação ultravioleta excessiva, situação de estresse mental, além de adotar hábitos de vida saudáveis, uma alimentação saudável, rica em vitaminas antioxidantes, praticar atividade física adequada, e o uso de antioxidantes orais e tópicos, quando indicados, podem prevenir a ação dos radicais livres.

Como fazer da alimentação uma aliada

A alimentação fornece nutrientes para a formação de enzimas, compostos fenólicos e antioxidantes, e quanto mais diversificada for a alimentação, melhor. Vitaminas como a C, E e A, e coenzima Q 10 são componentes antioxidantes encontrados nos alimentos, e possuem as seguintes funções:

Alimentação saudável | Foto: reprodução / Revista ABM
Vitamina A: carotenoides e licopeno encontrados na vitamina A possuem papel na prevenção do câncer por possuírem habilidades de extinguir um determinado tipo de radical livre. Vegetais e frutas fontes de vitamina A: mamão, cenoura, abóbora, suco de laranja, tomate, pitanga, goiaba, espinafre e couve.

Vitamina C: a vitamina C é antioxidante por sua propriedade redox que a habilita como doadora de elétrons para algumas enzimas e alguns hormônios. Tem o papel de evitar a formação de carcinógenos, e pode inibir a carcinogênese. Alguns alimentos fontes de vitamina C: kiwi, acerola, caju, goiaba, laranja, morango e folhosos verde-escuros.

Vitamina E: a vitamina E inclui oito compostos com ação antioxidante e o maior deles é o alfatocoferol. Fontes de vitamina E: óleos vegetais e óleos de sementes, oleaginosas como nozes, amêndoas, grãos integrais e gérmen de trigo.

Compostos fenólicos: possuem atividade anticancerígena, que pode ser atividade antioxidante ou por ação anti-inflamatória. Alimentos fontes de compostos fenólicos: ácido clorogênico (café), ligninas, (presente na linhaça), flavonoides (frutas, hortaliças, chás, cacau e soja), antocianinas (cereja, morango, uvas) e flavononas (frutas cítricas, como laranja e tangerina).

Quando é necessário usar suplemento

É recomendada a suplementação com antioxidantes em indivíduos com dietas restritivas, que façam exposição excessiva ao sol, tabagistas, esportistas, pessoas expostas à poluição, e, principalmente, aqueles que queiram melhorar ou prevenir os sinais do envelhecimento.

Porém, a dose recomendada depende do consumo alimentar, peso, estilo de vida e real necessidade da suplementação para cada indivíduo, por isso o ideal é procurar uma consulta nutricional para avaliação.

De acordo com os especialistas, uma alimentação balanceada consegue suprir uma boa quantidade de nutrientes que vai agir no combate aos radicais livres. A suplementação de determinados nutrientes, como as vitaminas C, E, A, o ômega 3, a astaxantina e a COQ10, que possuem uma capacidade antioxidante elevada, também podem ser utilizadas em casos de deficiência, ou para determinadas situações clínicas.

Fontes consultadas: nutricionista Caroline Lima, especialista em nutrição funcional e estética; dermatologista Lorena Marçal, atual secretária geral da Sociedade Brasileira de Dermatologia – regional BA (SBDBA).

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