Se você não ingere gordura com medo de problemas no coração, é melhor evitar, na verdade, os carboidratos. É o que sugere uma pesquisa feita por especialistas canadenses e publicada na revista científica Lancet. As análises de mais de 135 mil pessoas de 18 países mostram que o alto consumo de carboidratos aumenta o risco de mortalidade cardiovascular. Ao contrário do que se imaginava, a ingestão de gordura, de acordo com o estudo, está associada a riscos menores. Contudo, o nutricionista Jefferson Bitencourt explica que é fundamental procurar uma orientação profissional antes de cortar ou adicionar alimentos do cardápio.
“A orientação profissional, principalmente individualizada, é muito importante. A gente que cada pessoa responde a cada alimento de uma forma diferente, o que é um veneno para uns, pode ser uma coisa boa para outros, e é muito individual isso. E aí é bem diferente porque quando você vê como é a orientação de bons profissionais, todos falam e pregam que no final das contas a gente acaba incluindo muito mais alimentos na rotina das pessoas do que excluindo”.
Desde jovem, a advogada Sarah Carvalho, 36 anos, teve que se acostumar com dietas rigorosas por conta da natação. Entre as restrições alimentares, que ainda segue mesmo após deixar o esporte de alto rendimento, está o carboidrato. Por opção, atualmente não ingere nenhum tipo de pão ou produtos industrializados. Depois de procurar um especialista, ela conta que o principal fator para manter o regime foi adaptar o cardápio e os exercícios físicos à rotina diária.
“No meu momento atual, tenho trabalhado mais do que feito atividade física. Então, considerando que o meu metabolismo está mais lento e que não estou praticando tanta atividade física, eu fiz uma redução significativa na ingestão de carboidrato. Se eu sinto um pouco de carência para comer carboidrato, eu como muitas raízes cozidas, eu não como pão, nenhum tipo de pão, nem pão integral. E eu geralmente só como carboidrato até a hora do almoço, eu não como carboidrato no jantar, nunca”.
O nutricionista Jefferson Bitencourt dá dicas importantes para avaliar a sua alimentação. Segundo ele, em um prato balanceado, metade tem que ser composto por verduras ou legumes, crus ou cozidos, um quarto de carboidratos e um quarto de proteínas. Além disso, o especialista ressalta que não deve haver exageros e que, em caso de dúvidas, o mais indicado é procurar um profissional para entender o funcionamento do seu corpo.
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Redação iBahia
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