Seguidores e, cada vez mais adeptos, estão adotando a alimentação eco friendly (em inglês, alimentação amigável) conceito que tem como objetivo promover mudanças no consumo e no descarte dos alimentos, e assim proporcionar mais saúde para si mesmo e ajudar o planeta através do meio ambiente.
De acordo com a nutricionista Mayra Leite, especialista em obesidade e emagrecimento, não é preciso ser vegano ou vegetariano para adotar essa postura, e nem ser tão rigoroso. “Adotar atitudes sustentáveis, além de reponsabilidade social, é um ato de empatia e respeito ao próximo. Em meu consultório recebo pacientes que querem contribuir com o meio ambiente, e ao mesmo tempo cuidar mais da saúde, e para isso estão mudando suas atitudes”.
A nutricionista destaca que a postura eco friendly vai muito além da alimentação, e engloba outras necessidades do nosso cotidiano, como o respeito na obtenção de matéria prima e na produção de roupas, sapatos, cosméticos, moveis, entre outros. "Além disso, é importante adotar postura consciente no consumo de água e energia elétrica", acrescenta.
Mayra Leite indica 16 atitudes eco friendly que são recomendadas na alimentação:
Estimular o consumo de alimentos orgânicos, livres de agrotóxicos, devido aos impactos ambientais que eles causam, contaminando o solo e a água, além de serem nocivos à saúde humana;
Comprar alimentos de produtores locais a fim de estimular a economia local, a exemplo das feiras-livres, onde se encontra alimentos da estação com menor custo;
Sempre “descascar mais e desembalar menos”. Comer comida de verdade, evitando os industrializados, já que a poluição emitida pelas indústrias favorece o aquecimento global e afeta a qualidade do ar que respiramos;
Comprar só o necessário, principalmente nesse momento atual de pandemia, onde ações desse tipo podem causar desabastecimento. “Além disso, comprar só o que vai precisar evita o desperdício dos alimentos perecíveis, como frutas e verduras”, orienta a nutricionista;
Utilizar ecobag reutilizável no lugar das sacolas plásticas. Isso evita o descarte incorreto do plástico que polui o meio ambiente e leva centenas de anos para se decompor. Adotar a mesma postiura com os canudos plásticos, que podem ser trocados pelos reutilizáveis, como o de aço e bambu;
Preparar o que for consumir, evitar desperdício e ter cuidado na hora do preparo. Descascar e higienizar com cuidado, para evitar grandes perdas, e colocar no prato apenas o que consegue comer;
Armazenar os alimentos em vasilhas de vidro, por serem reutilizáveis e suportarem congelamento, "além disso, evita a contaminação pelo composto Bisfenol, que pode estar presente em vasilhas plásticas", alerta a nutricionista;
Fazer o processo de branqueamento de alguns legumes e verduras, como brócolis e couve-flor, para evitar desperdício;
A maioria das frutas pode ser congelada, para evitar oxidação, como a banana, e assim armazenar para usar em receitas, vitaminas, ou cremes de frutas;
Os temperos verdes podem ser cortados e congelados, e alguns folhosos verde-escuro também, como a couve, o espinafre o agrião. "Ficam ótimos nos sucos e nas sopas", indica a nutricionista;
Reaproveite os alimentos. As cascas viram sucos e chás, ou farinhas integrais, como a do maracujá; as sementes são assadas e viram snacks, como a da abóbora; os talos são usados nos sucos e nos caldos. “São todas opções ricas em fibras e potencialmente nutritivas”, alerta a nutricionista;
Aproveitar as sobras de verduras e legumes em sopas e outras receitas; o feijão pode ser transformado em caldo; o arroz cozido substitui a farinha de trigo em panquecas e tortas. Essa atitude evita desperdícios e diminuir o lixo orgânico;
Faça coleta seletiva em casa. Separe o lixo orgânico, que pode ser reciclado e transformado em adubo para plantas, através da compostagem;
Cultive uma horta em casa. Além de deixar a decoração charmosa, as hortinhas caseiras trazem mais verde para o meio ambiente e diminuem seu consumo de temperos e molhos prontos. Além disso, cultivar horta e plantas em casa é uma ótima terapia:
Observe a higiene do estabelecimento antes de comprar o alimento, e higienize em casa de forma adequada, para evitar contaminação;
Verifique o odor e o sabor dos alimentos antes de descartar. “As aparências enganam, principalmente frutas e verduras”, orienta a nutricionista.
Segunda Sem Carne
É uma campanha mundial com o objetivo de ajudar a reduzir os impactos ambientais causados pela produção da carne de origem animal: o desmatamento, a quantidade excessiva de água utilizada na produção, e a emissão de gases que contribuem para o aquecimento global. "E a redução no consumo de carne vermelha não apenas estimula a introdução de novos alimentos com boas fontes proteicas, como as leguminosas, os grãos e cereais, mas auxilia na prevenção e controle de diversas doenças que podem estar associadas ao consumo excessivo de carne, como a hiperuricemia, disbiose intestinal, dentre outras", alerta Mayra.
Mas a nutricionista ressalta que exclusões ou restrições alimentares precisam de avaliação e orientação individualizada, pelo médico e pelo nutricionista, para evitar carências nutricionais e outros problemas de saúde.
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Redação iBahia
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