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Denúncia

Família denúncia intolerância religiosa em hospital da Bahia

Família acusa o Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus, de intolerância religiosa após pastor ser impedido de entrar na UTI

foto autor

Iamany Santos

23/01/2025 às 9:43 - há XX semanas
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Duas mulheres afirmam que foram vítimas de intolerância religiosa no Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, cidade do sul da Bahia. A unidade de saúde nega a acusação.


				
					Família denúncia intolerância religiosa em hospital da Bahia
Família denúncia intolerância religiosa em hospital da Bahia. Foto: Camila Souza/GOVBA

O caso aconteceu na terça-feira (21). As irmãs Dalete e Josiane Santos são membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia e decidiram levar um pastor para visitar o pai, que está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Entretanto, conforme o relato delas, a psicóloga de plantão impediu a entrada do religioso.

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O pai das mulheres, João Soares Santos, de 72 anos, deu entrada no hospital no sábado (18). Ele foi internado para fazer a amputação decorrente da diabete. Na segunda-feira (20), o idoso foi transferido para a UTI devido a problemas renais. Ele segue internado.

As irmãs relatam que a recusa em levar o pastor aconteceu na primeira visita delas à UTI. "Eu falei: 'oi, querida, ele é pastor'. A gente gostaria que ele entrasse pra fazer uma oração para o nosso pai. Aí o pastor falou pra ela que tem uma lei, que nos confere esse direito. Ela falou: 'aqui não'. Simplesmente foi vetado esse direito e pronto", disse Josiane.

As irmãs acionaram a Polícia Militar, que tem um posto na parte externa da unidade, e foram orientadas a prestar queixa. A ocorrência foi registrada na 1ª Delegacia Territorial (DT/Ilhéus), que investiga o caso.


				
					Família denúncia intolerância religiosa em hospital da Bahia
Família denúncia intolerância religiosa em hospital da Bahia. Foto: Divulgação

As irmãs também pretendem buscar apoio judicial, já que a Lei Federal n.º 9.982/2000 garante a liberdade de crença e o acesso à assistência religiosa em espaços de internação.

Hospital se pronuncia após acusação de intolerância religiosa

Em nota, o HRCC afirmou que "naquele momento, as visitas foram temporariamente suspensas devido a uma intercorrência grave com outro paciente".

"O pastor não foi impedido de realizar a assistência religiosa, mas seu acesso foi adiado em virtude das circunstâncias. A equipe informou e orientou os familiares sobre a continuidade das visitas, reafirmando que a UTI é um ambiente de cuidados intensivos, sujeito a ajustes nas rotinas por questões de segurança dos pacientes", reforçou a unidade de saúde, em nota.

A assessoria do hospital enfatizou ainda que segue "integralmente" a lei federal, mas destacou que todos os religiosos devem respeitar as normas internas da instituição, a fim de preservar a segurança e o bem-estar dos internados.

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