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Empreendedora, Mariana Csekö fala de desafios e habilidades

Ela atua como gestora comercial da Sell Varejo e está à frente do Networking Bahia - plataforma que reúne profissionais e serviços de diversos segmentos

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Redação iBahia

08/12/2020 às 15:38 • Atualizada em 27/08/2022 às 6:12 - há XX semanas
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"Quando a gente faz o que ama, enxergamos oportunidade em tudo", diz Mariana Csekö, 35 anos, ao falar sobre sua trajetória no empreendedorismo. A baiana trabalhou por 12 anos no ramo alimentício em um negócio familiar; em 2012, criou o Mercado Vip (plataforma de compras pela internet) e trabalhou como executiva de contas em uma empresa de vendas. Atualmente, ela atua como gestora comercial da Sell Varejo e está à frente do Networking Bahia - plataforma de networking que reúne profissionais e serviços de diversos segmentos.

Dar conta de tantas experiências profissionais e atividades diárias exige muito jogo de cintura, mas Mariana Csekö garante que a todo momento consegue interligar tudo. Ela tem três filhos e diz que nem eles escapam da aplicação dos seus conhecimentos de gestão no cotidiano.

"Eu gosto de empreender, de entender o mercado, de compreender as necessidades das pessoas e criar visando a praticidade", explica Mariana. Ela contou ainda que sempre busca estudar, conversar com pessoas de diversos segmentos, entender a realidade do outro e propor estratégias de melhoria.

Foto: arquivo pessoal

Mariana Csekö reforça que para empreender é preciso um propósito, coragem de sair da zona de conforto e ter entendimento de que o retorno não é imediato.

"Você só descobre o seu propósito exercendo habilidades que lhe dão prazer, tanto que tem gente que vai descobrir depois de duas faculdades ou de passar 20 anos fazendo a mesma coisa e em algum momento decide mudar. Eu mesma trabalhei por anos em um supermercado familiar, administrando, criando estratégias de venda, mas era um público muito restrito e então comecei a ver que podia atingir públicos maiores", acrescenta.

Nessas horas em que o propósito aflorar, Mariana aconselha ter sempre um bloquinho e uma caneta por perto para registrar tudo. Depois, com muito estudo e planejamento, você vai conseguir transformar isso em negócio e ter resultados. Foi observando e registrando tudo que a empreendedora teve o start para criar o Networking Bahia, que é uma empresa de fomento e geração de negócios com visibilidade nacional.

"Com o Mercado Vip, eu comecei a lidar com pessoas de diferentes segmentos de negócios e sempre fui muito curiosa para entender como era o processo e trabalho daquelas pessoas, conversar e dar sugestões. Um dia dei carona para um amigo e ele comentou que meu celular não parava de chegar mensagens e sugeriu que eu unisse essas pessoas. A partir dai eu criei um grupo, que começou com 30 pessoas e cresceu muito rápido", lembra Mariana sobre a criação do Networking Bahia.

Foto: arquivo pessoal
Mariana conta que sempre promove encontros (café da manhã, jantar ou happy hour pós-trabalho) entre os participantes do grupo e nessas ocasiões acontecem trocas de cartões de serviço e de experiências, que agregam o ecossistema do negócio.

E o que antes era um grupo no WhatsApp hoje tem um site e um perfil no Instagram com mais de 13 mil seguidores.

Portal iBahia: Como você enxerga o cenário do empreendedorismo?

Mariana: Tem um ditado que diz que o empreendedor é aquele que se joga da montanha e constrói um avião na queda para voltar. Empreender é isso, é se arriscar. Vejo que o mercado mudou muito. Quando fiz o Mercado Vip existiam apenas dois serviços similares e as pessoas não viam bem isso de fazer compras pela internet. Eu busquei diferenciais para reafirmar meu negócio. Por exemplo, criei todos os tipos de bananas, formas de cortes de filé para o cliente ter acesso e usava muito a questão da praticidade, ou seja, seja meu cliente e ganhe tempo.

Portal iBahia: Com a pandemia do coronavírus, é difícil encontrar alguém que não tenha aderido ao hábito de fazer compras online coisa que você propôs lá em 2012. Como você avalia isso?

Mariana: Muita gente me fala que sou visionária e me considero também. A ONU veio reconhecer o Dia da Mulher Empreendedora em 2014 e eu, em 2012, já tinha criado um mercado de internet, administrava um mercado familiar, dava consultoria para empresas. Mas, acho que vai ter sempre alguém que vai tomar a frente, ter essa coragem e vai inspirar as pessoas.

Portal iBahia: Quais são as maiores dificuldades de atuar com empreendedorismo?

Mariana: A dificuldade de ganhar mercado com trabalhos feitos aqui. Parece que quando você atua fora (em São Paulo, Rio, Curitiba) é visto com olhos diferentes e com mais competência. Eu fico nessa luta de fazer as pessoas enxergarem que aqui tem muita gente boa e, ao mesmo tempo, às vezes acabo fazendo trabalhos com profissionais de outras cidades, porque quero que minha empresa cresça. Além disso, há a dificuldade de alguns clientes com inovação por já terem vários anos trabalhando do mesmo jeito.

Portal iBahia: Qual orientação você daria para alguém que quer empreender?

Mariana: A primeira coisa que você precisa fazer é um planejamento. Avaliar qual é a ideia, o conceito disso, quais necessidades você percebe que as pessoas têm para que isso venha a suprir, quanto você tem e quanto vai precisar gastar nisso. A pessoa precisa saber que o retorno não é imediato, que precisa prestar um bom serviço e isso tem a ver com relação com os clientes, o que não se constrói tão rápido.

Portal iBahia: Quais são as suas maiores referências profissionais?

Mariana: O meu mentor e guru, que eu estudo muito e é atemporal para mim, é Vicente Falconi. Para mim, ele é um dos maiores gestores, vejo palestras dele de 2003 que se aplicam até hoje. Tem também o João Adibe, dono do grupo Cimed, que é um empreendedor incrível. Além disso, tem os empreendedores do Networking Bahia. Tem também livros muito bons sobre o assunto, o "O Que Importa é o resultado", de Vicente Falconi, e "Estratégias de Marketing Digital e E-commerce", da Sandra Turchi.

Portal iBahia: O que você almeja alcançar profissionalmente nos próximos anos?

Mariana: Me vejo viajando o Brasil propagando plataformas de negócios de todos os segmentos. Ter o Networking Bahia como uma referência mundial, que as pessoas falem 'poxa começou lá na Bahia uma plataforma de negócios'. Começou com uma mulher corajosa, que não tinha medo de arriscar, que leva e estimula as pessoas a serem independentes, a terem o próprio negócio. Quero me tornar referência para as pessoas, principalmente para as mulheres.

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