Feudos, Solos, Ditaduras, Geopolítica... Os temas da prova de Ciências Humanas são diversos e, para estudar, é necessário ter orientação e foco. Faltando menos de duas semanas para o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), professores especialistas na prova aconselham em quais matérias os alunos devem investir seus estudos finais. A ideia é não perder tempo com decorebas que podem mais atrasar do que ajudar.
Para Marcio Viveiros, professor de Geografia, a prova da sua disciplina está ficando cada vez mais difícil e focando em temas mais específicos.
"Ano passado, de uma forma geral, a prova foi de nível difícil, principalmente envolvendo a Geografia Física. Aliás, esta parte tem sua participação crescendo no número de questões", afirma o professor que aponta tendências da avaliação - Para esta reta final, penso que os alunos têm que estudar alguns eixos temáticos. Um deles é a relação do desenvolvimento tecnológico através das Revoluções Industriais e seus impactos na estrutura produtiva.
O docente também aponta que questões demográficos estão sendo cobradas na prova. Crescimento populacional, no Brasil ou no mundo; as migrações internacionais e a diferença entre migração e a questão dos refugiados são recortes que podem ser abordadas. Além disso, um outro tema contemporâneo deve ser explorado.
"Outro ponto da prova são os impactos ambientais. É importante ver as causas e as consequências do desmatamentos dos biomas, principalmente, brasileiros. Outra matéria que pode cair é a poluição atmosférica e hídrica".
Na parte de História, o conselho dos professores é focar na história nacional.
"Uma dica para os alunos terem uma boa nota em História seria investir na parte de História do Brasil. Em História Geral, ele vai focar mais em interpretação do texto, do documento e do comando da questão. Já em História do Brasil, é esta mesma interpretação e mais um conhecimento prévio da matéria", afirma Flavio Ribeiro, professor de História.
O professor de História ainda aponta possíveis temas da história brasileira que podem ser abordados.
"Um dos pontos explorados é a escravidão, a partir do ponto de vista de resistência à sujeição. Outro ponto, em República, é sobre Vargas. É interessante ver sua ambiguidade e conceitos como populismo e trabalhismo".
Felipe Robledo, professor de História também aponta recortes ligados a história nacional.
"Em Brasil Contemporâneo, cabe ao candidato se dedicar na Constituição de 1988 e na eleição de 1989 devido ao cenário atual. Entretanto, outros temas da nossa história são constantes como a abolição da escravidão e a Proclamação da República".
O docente, ainda assim, reafirma que outros temas também são pertinentes e devem ser estudados.
"Não podemos esquecer as questões sobre o acervo histórico e cultura material e imaterial, que geralmente aparecem nas provas. Existem outros temas que são frequentes. Em História Contemporânea, a Revolução Francesa, o imperialismo, as grandes guerras e 1968 são pontos importantes para estudar".
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Redação iBahia
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