Nascida na terra da folia, o Carnaval de Gal Costa era feito da janela, ou de qualquer outro lugar que não fosse a agonia tão amada dos principais circuitos da festa, Dodô (Barra-Ondina) e Osmar (Campo Grande).
A artista, que deu voz a algumas marchinhas de Carnaval, como "Balancê" e "Bloco do Prazer", gostava de acompanhar a festa de longe, sem perder o encanto pela folia. Em sua última entrevista para a TV Bahia, a veterana, que faleceu nesta quarta-feira (9), aos 77 anos, falou sobre sua relação com a festa e confessou que não tinha saco para pular todos os 6 dias de Carnaval.
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"No começo da minha carreira, anos 60 mais ou menos, Eu, gravava algumas marchinhas para o Carnaval daqui. Jovem eu fui a Carnaval, mas eu não tenho saco pra ficar uns três dias. Mesmo jovem, eu nunca senti. Eu sou muito caseira, eu prefiro olhar o Carnaval do que participar. É muita loucura", disse.
Uma das experiências experiências de Gal em cima do trio foi ao lado do primo, o cantor Ricardo Chaves, que conseguiu quebrar a resistência da cantora. Além da "loucura", Gal citou outro motivo para não ser uma fã de cantar na folia, a qualidade do áudio no trio elétrico.
"Eu participei com Ricardo Chaves. E participei também em um trio elétrico que homenagearam a Tropicália, e Gil liderava o trio e tava Caetano. Hoje em dia tudo se modificou, mas na época que eu participei, o som não era bom. Pra mim, cantar ouvindo minha voz… Eu não sou cantora de trio também. Mas é muito bonito ver as pessoas dançarem felizes."
Nas redes sociais, Ricardo Chaves lamentou a passagem da prima. Em vídeo, o artista não conteve a emoção ao se despedir de Gal. "Arrasado! Não sei como me manifestar! Choro como primo e como fã. Agradeço como primo e como fã. Obrigado Gracinha, obrigado Gal", escreveu.
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Redação iBahia
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