O vírus que surgiu na província de Wuhan, no centro da China, no fim do ano passado, já se espalhou para metrópoles chinesas como Pequim e Xangai, além de Estados Unidos, Tailândia, Taiwan, Coréia do Sul e Japão. A maior parte dos diagnósticos aconteceu nos últimos dias. Na China, 1.394 pessoas estão sob observação, de acordo com o ministério da saúde chinês.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse nesta quarta-feira que as autoridades identificaram dois possíveis casos no país, e que um deles, detectado no norte de Tamaulipas, "está sob observação".
Na manhã desta quarta-feira, Hong Kong confirmou o primeiro caso de coronavírus. O paciente infectado chegou de trem-bala à ilha do sudeste chinês na terça-feira de manhã, com sinais de febre. O homem informou às autoridades de Hong Kong que havia passado por Wuhan. Ele está agora em quarentena.
A doença causadora da pneumonia misteriosa também já infectou uma pessoa em Macau, outra região autônoma da costa sul da China continental. O governo local confirmou na madrugada desta quarta-feira que uma empresária de 52 anos, também vinda de trem-bala da China, deu entrada em um hospital com sintomas da doença após se divertir em um dos famosos cassinos da cidade.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) teme que o coronavírus, cuja origem animal ainda não é conhecida, apresente mutações que provoquem um surto maior. Especula-se que um mercado de frutos do mar da província de Wuhan, que tem uma população de 11 milhões de pessoas, tenha relação com os primeiros casos registrados na China.
Em caráter emergencial, a organização se reúne hoje em Genebra, na Suíca, e pode decretar "emergência de saúde pública de interesse internacional", como aconteceu com a gripe H1N1, em 2009, o vírus Zika, em 2016, e a febre Ebola, que devastou parte da África ocidental de 2014 a 2016. No Brasil, o Ministério da Saúde informa que aguarda o pronunciamento da OMS. 24202820
Aeroportos já criam áreas separadas
O aeroporto britânico de Heathrow, o mais frequentado do Reino Unido, anunciou que irá introduzir áreas especícas reservadas para passageiros que viajaram por Wuhan, de acordo com o ministério dos transportes britânico. Pessoas que desembarcarem dos três voos semanais que vêm da província chinesa passarão por uma triagem, onde serão examinados em busca de sintomas. As autoridades também vão orientá-los a como proceder caso fiquem doentes. Aeroportos de São Francisco, Nova York e Los Angeles, nos EUA, também farão triagem de passageiros.
O governo australiano recomendou aos cidadãos do país que não viajem à China. Assim como o Aeroporto de Heathrow, o Aeroporto de Sydney está examinando todos os passageiros que vêm do país asiático. Segundo autoridades da Austrália, exames mais específicos serão realizados em pacientes que desembarcarem dos três aviões que chegam de Wuhan toda semana.
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Redação iBahia
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