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Médico sugere novo critério para definir estágio inicial de Alzheimer

Forma atenuada da doença seria apenas 'comprometimento cognitivo leve'. Entidade médica acredita que classificação não atrapalharia diagnósticos

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08/02/2012 às 1:33 • Atualizada em 27/08/2022 às 19:54 - há XX semanas
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Um pesquisador norte-americano sugere uma nova classificação para casos de doença de Alzheimer em estágio inicial, que seriam, na verdade, exemplos de comprometimento cognitivo leve (CCL) – um estágio entre a perda normal de memória pelo envelhecimento e a demência. O estudo coordenado por John Morris, médico da Universidade de Washington, na cidade norte-americana de Saint Louis, contou com a análise de dados de 17.535 idosos, com média de idade de 74,6 anos. Para o cientista, quase todos os pacientes diagnosticados atualmente com a doença de Alzheimer em forma muito atenuada (99,8%) poderiam ser classificados como portadores de CCL. No caso de pessoas a um estágio acima, quase 92,7% delas receberiam novo diagnóstico. Como conclusão, Morris defende que não há diferença entre os primeiros estágios da doença de Alzheimer e o comprometimento cognitivo leve. A mudança nos critérios expandiria a ideia de independência dos pacientes portadores de CCL, já que dificuldades leves para tarefas como pagar contas de banco, fazer compras ou cozinhar seriam consideradas admissíveis, assim como certa ajuda para desempenhar essas atividades. O trabalho foi solicitado pelo Instituto Americano de Envelhecimento e pela Associação Americana de Alzheimer, um dos principais órgãos de pesquisas sobre a doença no mundo. Os resultados foram publicados na revista médica “Archives of Neurology”. Propostas para mudar a classificação dos casos mais amenos de Alzheimer são recentes, segundo William Thies, chefe de pesquisa médica e científica da Associação Alzheimer. Ele acredita que a mudança não afetaria a capacidade de diagnóstico, já que os novos critérios são voltados para uso de especialistas, muitos deles já adaptados às alterações na classificação. O avanço na descoberta de biomarcadores específicos poderá servir, no futuro, para prever quais pacientes com CCL se tornarão portadores de Alzheimer, afirma Thies.

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