Há pouco mais de uma década, o anúncio da descoberta de fósseis do que parecia ser uma diminuta espécie humana arcaica na Ilha de Flores, na Indonésia, surpreendeu a comunidade científica. Batizados Homo floresiensis - e logo apelidados de 'hobbits' numa referência aos pequenos heróis de pés grandes dos livros de J.R.R. Tolkien -, esses hominídeos de cérebros reduzidos e altura máxima de cerca de um metro teriam vivido a até apenas aproximadamente 50 mil anos atrás, quando os humanos modernos (Homo sapiens) já tinham evoluído na África e começado a se espalhar pelo planeta. Diante disso, surgiram muitas dúvidas sobre quais seriam as origens dos enigmáticos H. floresiensis. As especulações iam desde que eles eram exemplares doentes ou uma população especialmente nanica de nossa espécie a um grupo que seguiu uma linha evolutiva própria a partir de um ancestral comum com a nossa, como o Homo erectus, e passado por um processo evolucionário conhecido como nanismo insular, em que pressões como a escassez de alimentos e o espaço limitado da vida num habitat isolado de uma ilha levam à diminuição do porte de uma espécie animal. Agora, porém, a descoberta, também em Flores, de restos do que se acreditam ser os antepassados dos “hobbits” deve ajudar a pôr fim neste mistério. Datados em cerca de 700 mil anos, os fósseis de parte da mandíbula e seis dentes de pelo menos um adulto e dois dentes de leite de duas crianças com características apontadas como similares às encontradas nos H. floresiensis sugerem que os “hobbits” de fato teriam evoluído de forma independente na ilha.
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Redação iBahia
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