Estar à frente da seleção da Argentina foi uma tarefa árdua para Jorge Sampaoli. Demitido após a Copa do Mundo da Rússia, há 100 dias, o treinador enfim quebrou o silêncio e desabafou sobre as dificuldades de comandar Lionel Messi e cia.
Em entrevista ao jornal espanhol "Marca", o treinador negou que estivesse se escondendo e disse que preferiu se afastar dos holofotes após o Mundial da Rússia:
"Foi um ano em um lugar (a seleção) de muita tempestade, exigência, obrigação, imediatismo, onde nós e os jogadores estávamos obrigados somente a ganhar. Foi difícil tornar essa melodia harmônica, mas estávamos muito envolvidos. O fardo que esse grupo tinha era muito pesado, fomos empurrados a um caminho de obrigação onde era difícil fazer surgir o talento".
Para o ex-treinador, seu trabalho não deu certo porque a exigência era muito alta. A diretoria só aceitava ser campeã mundial na Rússia, o que não aconteceu.
O treinador ainda deixou claro que não se incomodava com as reuniões dos jogadores, destacando que elas foram realizadas para tentar fazer a equipe evoluir. No entanto, não concordava com elas terem sido vazadas para imprensa.
"Toda reunião era para contribuir. Foi um momento muito complexo. O problema não era ter reuniões entre jogadores, mas o fato de elas se tornarem públicas. Os jogadores da Argentina de 1986 se reuniram constantemente, mas só descobrimos isso 20 anos depois de serem campeões. Acredito filosoficamente na participação e no compromisso. No futebol e na vida", finalizou.
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Redação iBahia
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