Rubens sobre o fim do Carioca: "famílias ficariam desamparadas"

Redação GoalApós amenizar as declarações do atacante Fred, o presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), voltou a falar sobre o jogador do Fluminense, que pediu o fim do Campeonato Carioca, após ser expulso da partida contra o Flamengo, no último domingo, e defendeu novamente a competição."Na emoção do momento ele falou coisas que não deveria ter falado, e aposto que hoje ele não repete isso.Você tem uma conta bancária alta, no meio de carreira, é fácul dizer que pode acabar, porque não vai mudar nada. Uma declaração feita do topo da pirâmide não deve ser levada muito em conta", disse Rubens Lopes em entrevista à rádio Bradesco Esportes."Os estaduais geram empregos para muita gente direta e indiretamente, fora isso, são dos clubes menores que os maiores pegam os atletas também. Seriam várias e várias famílias que ficariam desamparadas se acabar o Campeonato Estadual", completou. Questionado sobre as críticas de Flamengo e Fluminense, Rubens Lopes minimizou as reclamações e afirmou que "a Federação apenas cumpre a decisão dos clubes"."O que a Federação faz é cumprir a decisão dos clubes, de acordo com que for resolvido por eles. Estamos jogando um campeonato que é melhor dos últimos sete anos. Nós temos um mapa com todos os Estados do Brasil e os percentuais em seus estatutos que elas utilizam. Existem oito Federações que cobram o mesmo valor do Rio, 10%. Não é isso que impacta na despesa de futebol de nenhum clube. Os custos aumentaram com as novas Arenas", declarou."A Federação não é rica, é do tamanho do futebol do Rio de Janeiro. O clube que está com problema financeiro, são valores que se acumulam e é um problema de gestão. Logo, é problema de gestão, deve haver mudança, a lei de responsabilidade fiscal deve se haver mudanças", analisou. "Em 2012 pedimos aos clubes que encaminhassem uma proposta sobre o campeonato e ninguém mandou nada. Os clubes não fizeram na época, e no Fórum houve uma ausência dos grandes clubes", completou.O dirigente também negou que tenha xingado o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, no arbitral da Ferj, em janeiro de 2015. "O presidente do Flamengo disse que eu o xinguei, mas eu não vou me pronunciar a respeito. Após as colocações feitas por ele, da mesma forma que disse que está aberto ao diálogo, nós também. A Federação está disposta a qualquer diálogo com o Flamengo. Aproveito para dizer que podemos marcar uma conversa com o clube", se defendeu.