A discussão é tão antiga quanto longa: quem irá substituir Lionel Messi e Cristiano Ronaldo na supremacia do futebol mundial? Desde que começou a brilhar nos gramados brasileiros, e principalmente desde que se transferiu para a Europa — primeiro no Barcelona, depois no Paris Saint-Germain —, Neymar é apontado como um dos possíveis sucessores da dupla de craques. E, pelo menos em Copas do Mundo, o rendimento do camisa 10 do Brasil já é superior ao das duas estrelas.
Com 17 partidas pela seleção portuguesa em Mundiais, divididas em um total de quatro participações (2006, 2010, 2014 e 2018), Cristiano Ronaldo balançou as redes sete vezes e deu duas assistências — ou seja, participou diretamente de nove gols, ou um a cada 1,9 partidas, em média. Messi, por sua vez, esteve nas mesmas quatro Copas pela Argentina, entrando em campo 19 vezes. O atacante do Barcelona anotou, ao todo, seis gols, além de sete passes para os companheiros marcarem. A média, portanto, é de uma contribuição direta para tentos argentinos a cada 1,5 jogos.
Já Neymar, mais novo, está em sua segunda Copa do Mundo. Em nove jogos pela seleção brasileira em Mundiais, o craque fez seis gols e distribuiu duas assistências, sendo determinante em um gol a cada 1,1 partida. Analisando cada quesito isoladamente, o atacante do PSG só perde na média de assistências para Messi: ele tem uma a cada 4,5 jogos, contra uma a cada 2,7 partidas de Messi (Cristiano Ronaldo vem bem atrás, com um passe para gol a cada 8,5 jogos). Na média de gols, vantagem considerável para Neymar: um a cada 1,5 jogo, contra um gol a cada 2,4 partidas de Cristiano Ronaldo, e um gol a cada 3,2 partidas de Messi.
Neymar também alcançou, nesta segunda-feira, contra o México, um feito inédito para os dois astros. Em seu terceiro jogo mata-mata em Copas (antes, havia enfrentado Chile e Colômbia, em 2014), o brasileiro conseguiu marcar seu primeiro gol em partidas eliminatórias de Mundial. Cristiano Ronaldo, com seis aparições em mata-mata — incluindo a disputa pelo terceiro lugar em 2006 —, e Messi, que esteve em oito jogos eliminatórios (contando a final de 2014), sempre passaram em branco nestes duelos decisivos. Vale lembrar, porém, que Messi foi escolhido o melhor jogador da última Copa do Mundo.
Não por acaso, o desempenho de Neymar tem sido determinante para o caminho da seleção brasileira na Rússia. O camisa 10 teve participação direta em 57,1% dos gols (quatro em sete) brasileiros no torneio. Além de ter balançado as redes contra o México e Costa Rica, o craque cruzou para Thiago Silva marcar de cabeça diante da Sérvia e iniciou a jogada que terminou no gol de Firmino, após defese de Ochoa, também contra o México.
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Redação iBahia
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