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O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo del Nero, é alvo de investigação da Justiça dos Estados Unidos. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, que cita fontes próximas ao caso, o nome do dirigente é investigado por uma suposta propina que teria recebido para conceder contratos comerciais a parceiros da CBF. A investigação aponta pagamentos ilegais feitos pelas empresas de marketing esportivo Traffic e Klefer para os direitos de transmissão da Copa do Brasil e Copa América. Antes concorrentes, as duas empresas entraram em entendimento para compartilhar contratos com a CBF. Mas, segundo aponta as investigações, a Klefer já havia prometido o pagamento de um propina anual a um cartola da CBF e que a partir de 2012 outros dois membros da CBF entrariam em cena. Por ainda se tratar de uma investigação, os detalhes do processo são sigilosos até que existam provas suficientes para um indiciamento, o que não é o caso. Os nomes não foram confirmados, mas em documentos o dono da Traffic, J. Hawilla, diz que o pagamento de propinas aumentou quando dois executivos da CBF também pediram pagamento. O documento diz que o “CoConspirador 15” era membro do alto escalão da CBF e membro da Fifa e Conmebol, descrição valida apenas para José Maria Marin, então presidente da CBF e membro das federações. E o “CoConspirador 16” seria membro do alto escalão da Fifa e da CBF. À época, apenas Del Nero mantinha cargo na CBF (vice-presidente) e na Fifa (membro do Comitê Executivo). De acordo com a reportagem, se comprovada as suspeitas, a Justiça dos Estados Unidos pode pedir um pedido de prisão e mesmo extradição do presidente da CBF. Também citado, José Maria Marin já está preso em Zurique por envolvimento em esquema de corrupção na Fifa.