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Evento em hotel reuniu gestores e representantes do governo |
Um dos convidados para integrar a mesa no Road Show, evento que debateu sobre as obras da Copa 2014 na quarta-feira (20), em Salvador, o arquiteto Carl Von Hauenschild criticou a proposta de mobilidade urbana apresentada pelo governo e a chamou de equivocada, pontual e limitada. "Não é possível que em sessenta dias se possa pensar em um plano de mobilidade para uma cidade como Salvador, com tantos problemas", critica. O projeto prevê a construção de um corredor estruturante entre Salvador e Lauro de Freitas, na Região Metropolitana, ao custo de R$ 570 milhões (assegurados pelo PAC da Mobilidade Urbana), mais complemento a ser garantido pelo PAC 2. Também está previsto a construção de dois corredores transversais ligando o Centro Administrativo da Bahia (CAB), avenida Gal Costa e região, e avenidas Orlando Gomes e 29 de março ao custo de R$ 468 milhões e R$ 482 milhões, respectivamente. Os recursos virão do PAC da Mobilidade Urbana. Além disso, a segunda etapa do metrô (Acesso Norte-Pirajá) também integra o projeto. Para Hauenschild, no entanto, Salvador precisa de um Plano Diretor de Mobilidade, que conceba a capital nos anos após a Copa. Porém, o arquiteto admite que não há tempo hábil para elaborar este documento até 2014. "Estamos perdendo a oportunidade de aproveitar os recursos disponíveis e oferecer soluções viáveis e em longo prazo para a cidade”, lamenta, acrescentando que os projetos não atenderão à demanda da população soteropolitana por não passar pelos grandes centros de moradia. Seegundo Eduardo Copello, representante da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), a matriz de responsabilidade contempla a criação de rotas acessíveis com a construção de duas mil vagas de estacionamentos num raio de até 1,5 km em relação à Fonte Nova. Também está previsto a construção de um complexo de viadutos.