O Consórcio Engenhão formado pelas empresas Odebrecht e OAS começou a montar o canteiro para as obras de recuperação da cobertura do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, no bairro do Engenho de Dentro, zona norte da capital fluminense. Segundo o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, o trabalho de recuperação da cobertura será concluído em 18 meses e o estádio será entregue para competições em novembro de 2014. O secretário acrescentou que não há definição do custo da obra porque o projeto ainda está em execução. O Engenhão foi interditado pela prefeitura carioca, no dia 26 de março deste ano, após um laudo apontar a instabilidade da cobertura. Ela foi projetada pela empresa Alpha e a execução coube ao Consórcio Engenhão. Nesta segunda-feira (1º), durante entrevista à imprensa, o secretário informou que uma comissão da prefeitura vai acompanhar a execução das obras. Alexandre Pinto disse que os custos da recuperação serão bancados pelo Consórcio Engenhão. “Tudo que está previsto aqui na execução destas obras ficará a cargo do Consórcio Engenhão. Então a prefeitura não colocará nenhum investimento público do Tesouro Municipal na recuperação dos reforços necessários para garantir a segurança e a integridade do estádio para ele voltar a ser aberto ao público”, disse. O termo de entendimento para a execução das obras, assinado pela prefeitura e o consórcio, define o prazo de cinco anos após a conclusão do serviço como garantia do trabalho. Apesar de não dispor de recursos para pagar as obras, a prefeitura vai buscar a indenização pelos danos causados com a interdição do estádio. O procurador-geral do município, Fernando Dionísio, explicou que, no momento, a empresa Alpha tem o prazo de 45 dias, que começou a contar na semana passada, para apresentar a defesa. “Nós vamos analisar toda a questão e vamos dar uma decisão administrativa. Com base na decisão administrativa, temos dois caminhos: se eles forem identificados como responsáveis terão que nos indenizar e ao consórcio, se não, vamos para Judiciário para pleitear isso”, explicou. Após o prazo de 45 dias, a prefeitura vai definir as ações que tomará para buscar as indenizações.“Tem dois tipos de danos. O dano moral sempre pode existir uma vez que algo que aconteceu possa ter prejudicado o próprio município e o dano efetivo do dinheiro que foi gasto e o quanto deixou de ganhar”, disse. O engenheiro do Consórcio Engenhão, Marcos Vidigal, declarou que a empresa decidiu bancar os custos para não atrasar a recuperação da cobertura do estádio, mas vai pedir indenização à empresa Alpha, responsável pelo projeto. “Apesar de não sermos responsáveis pela não conformidade do projeto, nós tomamos a decisão de executar a obra e fazer os reparos para que cessem os prejuízos que estão sendo verificados. Fica claro também que vamos tomar as medidas judiciais cabíveis para sermos ressarcidos dos custos”, ressaltou.
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