O Mundial feminino de basquete será disputado a partir do dia 27, na Turquia. E pode ter uma baiana na seleção brasileira. A ala Isabela Ramona, de 20 anos, está entre as 15 convocadas pelo técnico Luiz Zanon para o período de treinos que antecede a competição. Só 12 viajarão no dia 20.
A jogadora baiana tem confiança que estará na lista final. “A gente acabou de chegar do Sul-Americano. Estou em um momento muito bom, disputando vaga. Tenho condições. Estou treinando para isso”, destaca Isabela, por telefone.
No Sul-Americano, conquistado pelo Brasil no Equador, a baiana teve a sua primeira experiência com a seleção principal. Ano passado, Isabela foi campeã mundial sub-19 e cestinha da competição. “Foi muito bom pra pegar experiência. Não tive muito tempo de quadra, mas foi muito proveitoso o convívio com as jogadoras mais experientes”, analisa.
Isabela começou a se interessar pelo basquete no clube da Asbac, na Pituba. Aos 10 anos, entrou na turma comandada pelo técnico Gildásio Campos, que mantém sua academia no clube há 22 anos. “Ramona começou aqui ainda criança. Segundo ela, a paixão pelo basquete escolar começou conosco. Eu consegui mostrar que ela tinha habilidade e que poderia seguir em frente”, conta Gildásio, orgulhoso da antiga aluna.
Foram dois anos sendo lapidada nas mãos do treinador. Tempo suficiente para perceber que aquela era uma criança diferenciada. “O olhar dela já dizia isso. Quando ela se preparava pra fazer alguma coisa, a postura de gana, determinação e foco. Sem falar no vigor físico que ela tinha e a forma explosiva que ela realizava as jogadas. Sempre buscava algo a mais”, lembra o professor.
A própria jogadora confirma o que Gildásio viu há 10 anos. “Ele foi o primeiro a ter contato comigo. É verdade, uma coisa minha, o meu jeito de jogar. Todos os técnicos com quem eu trabalhei falam isso. Jogo muito com o coração, com garra mesmo”, confirma Isabela.
Por questões familiares, Isabela deixou Salvador aos 12 anos para morar no Rio de Janeiro. Em terras cariocas, começou a treinar no Fluminense e não parou mais. Inúmeras convocações para seleções de base e até convites para jogar no basquete universitário americano. Atualmente no São José, do interior paulista, a ala sabe que sua hora de jogar na terra do Tio Sam chegará. “Quero viver minha vida inteira do basquete. Treinar na Europa, jogar na WNBA, que é a maior liga do mundo”.
Itapuã - Isabela gosta de frisar que não tem residência nem sotaque definidos. Durante a semana, mora com mais duas jogadores em São José. Final de semana é na casa da mãe, no Rio. E, quando dá, mata a saudade da Bahia. “Vou sempre que posso. Meu pai e meus irmãos moram aí. E fico bastante em Itapuã, na casa da minha vó”, conta. Na próxima visita, quem sabe ela não traz na bagagem uma medalha de Mundial? O primeiro passo já foi dado. Leia mais notícias de esporte Matéria original: Jornal Correio* Basquete: baiana é uma das pré-selecionadas do Brasil para o Mundial da Turquia
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