O Brasil irá enfrentar a Alemanha neste sábado (20) em busca da sua inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. As duas seleções protagonizaram o 'inesquecível' 7 a 1 na semifinal da Copa do Mundo de 2014, e a comparação entre os dois confrontos foi inevitável tanto pela questão de ser o mesmo adversário e também de ser uma grande competição disputada em casa.
No entanto, para o treinador Rogério Micale, a decisão da Olimpíada não tem nenhuma relação com o vexame do Brasil na Copa do Mundo. O treinador pontuou que além de ser uma equipe composta por outros jogadores, outros fatores também afastam as comparações.
"Estaremos mais fortes emocionalmente no sábado. Passamos por tudo. Tivemos questionamentos, vivemos um novo momento, e agora pegamos uma equipe muito boa, que nos remete a uma história recente, mas não temos nada a ver com isso. Vamos viver nossa história, fazer o nosso momento. Era Copa do Mundo, aqui é seleção olímpica", disse o comandante nesta quinta-feira (18).
"Só existia um jogador nas duas seleções que estava lá, porque o Neymar não participou. Nada pode ser palpável nessa situação, são competições, jogos, idades diferentes. Não vejo como vincular. O torcedor está no papel dele, vamos precisar muito dele no sábado. Alemanha é muito forte, não chegou à toa à final, sabemos da evolução deles. Se o torcedor estiver conosco, estaremos muito mais fortes. Nós, que trabalhamos no jogo, não temos como vincular com o que passou. Será um grande jogo", acrescentou.
Medalha para o treinador?
"Eu vou dar um jeito de arrumar uma medalha pra mim, nem que eu mande fazer. É um símbolo muito importante, queremos participar, gostaríamos muito até de ter direto. Há essa situação na Olimpíada, mas acredito que a CBF fará uma réplica para levarmos. É um símbolo de uma conquista, todo atleta ou comissão técnica tem orgulho já de estar aqui, mas ser medalhista é uma grande honra."
Neymar
"O Neymar tem ciência do que representa, não só para o Brasil, mas para o mundo como referência. As atitudes que ele tem demonstrado são um recado. Numa outra entrevista falamos que tentaríamos falar com os pés, jogando futebol, e ele tem se doado de maneira formidável. Foi premiado com um gol aos 14 segundos, numa roubada de bola."
"O jovem o vê correndo, se doando, imagine os outros. Não só na seleção, mas no futebol brasileiro, em que se cobra tanto comprometimento, o jogo sem a bola, que nos falta, e o Neymar é o maior expoente dessa geração. Acho que ele vai dar o start, e tem que se pagar um preço para isso. Eu tenho que sair da minha zona de conforto, ele também por ser esse ícone, e o Neymar está dando essa resposta."
Modelo de jogo da Alemanha
"Em relação à equipe da Alemanha, conhecemos não por essa equipe, mas pelo modelo de jogo, que é adotado em todas as categorias, desde as iniciais até a equipe principal. Modelo que procura ter o domínio com a posse de bola, um jogo apoiado, onde eles mesmos chamam da zona vermelha uma coisa que também estamos tentando implantar, em que os três homens da frente afunilam o jogo por dentro da linha da grande área, dando espaço para a passagem dos dois laterais, gerando amplitude, e aí buscam infiltrações ou superioridade numérica pelos lados do campo. Jogo muito perigoso, estão acostumados a fazer desde as categorias inferiores e nós temos que ter muita atenção nessa forma de marcar para poder contrapor essa grande virtude."
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Redação iBahia
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