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Etapa prevista para ser realizada dia 22 de abril |
A discussão sobre um novo cancelamento do GP do Bahrein voltou à tona após a morte de um manifestante no último fim de semana durante protestes contra a realização da corrida. A instabilidade política na região, que cancelou a prova que abriria a temporada do ano passado, continua grande, ameaçando a etapa prevista para ser realizada dia 22 de abril.Os conflitos se intensificaram a partir da noite da última sexta-feira. De acordo com o site holandês “GP Update”, a polícia local usou gás lacrimogêneo e balas de borracha para conter os manifestantes. Um homem identificado como Ahmed Ismael Abdulsamad foi baleado na perna direita na vila xiita de Salmabad, a 20 km do circuito de Sakhir, e morreu no hospital em decorrência de grave hemorragia. Segundo testemunhas, os disparos contra a vítima partiram de um carro “civil” sem placa que seguia as forças de segurança.Os xiitas, grupo majoritário no país, pleiteiam maior participação no governo sunita do Rei Hamad. Os manifestantes condenam a realização do GP de Fórmula 1 enquanto os conflitos não cessarem. Os protestos ganharam também as redes sociais:"Nós somos contra a realização de uma corrida que deprecia os sacrifícios de nossos filhos e ignora nosso sofrimento e feridas. Não vamos manchar a reputação do respeitado automobilismo com o sangue das vítimas do Bahrein – disse um jovem de manto branco e capuz preto em um vídeo na internet. No twitter, circula uma campanha classificando a prova como “Corrida sobre o sangue". Na semana passada, o chefe comercial da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, mostrou confiança na realização do evento, minimizando os conflitos recentes e afirmando que viajará para o país sem segurança pessoal.