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"E o Autódromo da Bahia?", pergunta presidente da Federação

Em artigo no jornal Correio* desta segunda-feira, Selma Morais mostra como o equipamento pode movimentar o cenário baiano

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06/05/2013 às 11:08 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:49 - há XX semanas
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Presidente da Federação de Automobilismo da Bahia, Selma Morais discute, em coluna no jornal Correio* desta segunda-feira (06), o fato de a Bahia ainda não possuir um autódromo para obrigar competições oficiais o, nacionais e internacionais. No artigo, ela lembra que Salvador já foi palco de grandes competições na década de 60, mas hoje as ruas do Centro Administrativo da Bahia (CAB) é que servem de pista para a Stock Car, principal competição de automobilismo realizada na cidade. Selma Morais apresenta números e explica por que a Fórmula-1, em São Paulo, é considerado o evento mais lucrativo do município. Leia o artigo na íntegra
Técnicos inspecionam pista do CAB, que abriga a Stock Car
"Luzes vermelhas acesas. Sobe o giro dos motores e no grid de largada a atenção redobrada de Tony Kanaan, e Hélio Castroneves, que comandam a primeira fila da etapa da Fórmula Indy, no Autódromo Internacional da Bahia. Apagam- se as luzes e os baianos acordam de um sonho que já dura décadas e vem frustrando os amantes do automobilismo no Nordeste, uma vez que o nosso estado é a porta de entrada dessa importante região, exemplo de superação, pioneirismo e trabalho. Mas ter um autódromo internacional na Bahia não é um sonho que esteja distante de ser realizado. Salvador já foi palco de grandes eventos, desde as corridas da Avenida Centenário, na década de 60, passando pela Fórmula Renault e Copa Clio, nas ruas do Comércio, evento que levou o maior público já registrado em provas automobilísticas na América Latina (cerca de 200 mil pessoas, segundo os cálculos da Polícia Militar).Para mostrar que o baiano é um verdadeiro apaixonado por automobilismo foi viabilizada a vinda da Stock Car para as ruas de Salvador, mais uma vez as ruas substituíam o autódromo. Mas a ideia era mostrar aos governantes que é possível, com um autódromo, trazer dez “stocks”, por exemplo, por ano, gerando muito mais emprego e renda para o nosso Estado. Já estamos no quinto ano da Stock Car em Salvador e até o momento os números não conseguiram convencer as autoridades que uma pista aumenta os resultados positivos.Os dados, divulgados pelo próprio governo do estado e confirmados pelos organizadores da Stock Car, mostram que cada prova realizada em Salvador gera cerca de 2 mil empregos diretos; aumenta em 20% a ocupação na rede hoteleira; gera cerca de 20 milhões em mídia espontânea e cada turista gasta, em média, no final de semana da prova, R$1.850, movimentando a economia da cidade. Em São Paulo, a Fórmula 1 é considerado o evento mais lucrativo do município. Anualmente, a prefeitura paulista investe cerca de R$ 46 milhões no evento, enquanto que a cidade recebe, nesse período, uma injeção de R$ 260 milhões, sendo que somente de ISS, a prefeitura arrecada R$13 milhões. E ainda tem mais: a Fórmula 1 gera 15 mil empregos diretos e um aumento de 80% de ocupação da rede hoteleira, com a presença de 90 mil turistas, dos 140 mil espectadores do evento. Para cada R$ 1 investido, São Paulo recebe R$4. Sabendo da força do automobilismo como gerador de emprego e renda, São Paulo foi buscar o segundo maior evento esportivo do mundo: a Fórmula Indy, que proporciona a entrada na economia paulista de R$ 80 milhões, para um investimento anual da prefeitura de R$ 12 milhões.Além disso, a prova oferece um retorno de mídia de R$430 milhões,com as imagens de São Paulo sendo mostradas para 200 países. Observando somente os frios números, perguntamos por que a Bahia ainda não tem um autódromo? A resposta não é difícil de encontrar: falta ao governo se debruçar sobre esses números e ter decisão política. Se não tiver intenção de construir, que pelo menos ceda o terreno para que as entidades esportivas do segmento possam buscar parceiros para transformar o sonho em realidade. Com um autódromo internacional, podem vir para a Bahia uma boa parte dos 90 eventos nacionais e internacionais que foram realizados no Brasil, em 2012, com a chancela da Confederação Brasileira de Automobilismo. Dentre esses, eventos internacionais como Fórmula Indy, Fórmula 3 Sulamericana, além da Fórmula Truck, Marcas e Pilotos, GT Brasil, Porsche GT3, Turismo Nacional, dentre outras. Então, está faltando o quê, agora, para o nosso tão sonhado autódromo? Acorda Bahia e vamos abrir essa importante pista para o mundo."

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