Usain Bolt acordou com uma medalha de ouro olímpica a menos nesta quarta-feira. O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou, em comunicado, a desclassificação do time da Jamaica no revezamento 4x100m campeão na Olimpíada de Pequim-2008, após o velocista Nesta Carter ser flagrado por doping em reanálise de amostras.
Carter, de 30 anos, também fez parte da equipe de revezamento 4x100m da Jamaica que voltaria a conquistar o ouro nos Jogos de Londres-2012, quatro anos depois de Pequim. A princípio, contudo, o COI retirou apenas a medalha conquistada nos Jogos de 2008, onde foram colhidas as amostras que, após reanálise no ano passado, constataram doping de Carter por uso de metilhexaneamina.
O COI vem realizando, desde 2015, reanálises de amostras colhidas de atletas em Pequim-2008 e Londres-2012, em busca de casos de doping que tenham passado despercebidos pela tecnologia de análise da época.
Com a desclassificação da Jamaica, a tendência é que seja determinada a redistribuição das medalhas de acordo com os resultados da final olímpica. Na decisão, o COI solicita a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) que "modifique os resultados do evento de forma adequada". Neste caso, o Brasil seria beneficiado com uma medalha de bronze, já que a equipe formada por Vicente Lima, Sandro Viana, Bruno de Barros e José Carlos Moreira terminou em quarto naquela final olímpica.
A equipe jamaicana na final do 4x100m em 2008 contava, além de Nesta Carter, com Michael Frater, Asafa Powell e, claro, Usain Bolt. Em Pequim, Bolt conquistou seus primeiros três ouros olímpicos, somando vitórias também nos 100m e 200m. Ele se tornaria tricampeão em todas essas provas com os títulos em Londres-2012 e no Rio-2016. Com a sanção do COI anunciada nesta quarta-feira, o número de ouros de Bolt cai de nove para oito.
RIVAL DE MAURREN MAGGI É DESCLASSIFICADA
A equipe jamaicana não foi a única a ter suas medalhas retiradas pelo COI nesta quarta-feira. A russa Tatyana Lebedeva, prata no salto em distância em Pequim-2008, também foi desclassificada após reanálises de amostras antidoping apontarem o uso de substâncias proibidas naquela Olimpíada.
Naquela final olímpica, Lebedeva foi a principal adversária da brasileira Maurren Maggi, que acabaria conquistando a medalha de ouro. Em seu último salto, a russa chegou a 7,03m, apenas um centímetro abaixo da distância saltada pela brasileira, de 7,04m.
Com a desclassificação da russa, a tendência que a jamaicana Chelsea Hammond, quarta colocada naquela decisão, suba ao pódio e fique com o bronze, enquanto a nigeriana Blessing Okagbare herdaria a prata. Já o resultado de Maurren Maggi, é claro, seguiria inalterado.
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Redação iBahia
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