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Do gato ao título da Libertadores: a trajetória de Emerson Sheik

Atacante revelado no São Paulo deixou o país aos 20 anos, em 1999, e só despontou no futebol brasileiro dez anos depois

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06/07/2012 às 11:05 • Atualizada em 01/09/2022 às 14:44 - há XX semanas
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Emerson marcou os gols do Timão na final contra o Boca
Pense num cara iluminado esse Sheik... O atacante fez os dois gols da vitória sobre o Boca Juniors na final da Taça Libertadores e entrou de vez na história do Corinthians. Só que não foi a primeira vez que Emerson brilhou em decisões. Nos últimos três anos, se acostumou ao status de protagonista no futebol brasileiro. O atacante jogou no Flamengo, em 2009, e no Fluminense, em 2010 e 2011, antes de desembarcar no Parque São Jorge. Foi campeão nos dois clubes, sempre decisivo. No rubro-negro, campeão carioca e participou da campanha do título brasileiro. Pelo Fluminense, campeão brasileiro e, no último jogo contra o Guarani, 1x0, gol do Sheik. Nesta Libertadores, Emerson não brilhou apenas na decisão no Pacaembu. Nas semifinais contra o Santos, garantiu a vitória do Corinthians com um golaço na Vila Belmiro. Já contra os argentinos, passe na medida para Romarinho empatar na Bombonera. O curioso é que Emerson, 33 anos, despontou tarde para o público brasileiro. Revelado no São Paulo, o atacante deixou o Brasil cedo, em 1999, com 20 anos. Só voltou dez anos depois, para o Flamengo. Chegou na Gávea sem estardalhaço. Treinou uma semana no clube, em caráter de testes, antes de assinar contrato. Durante o "exílio", fez nome no exterior e ganhou o apelido de Sheik. Primeiro, jogou no Japão. Passou cinco anos em terras nipônicas até se transferir para o Catar. E foi no Oriente Médio que virou rei, ou melhor, Sheik. Até hoje é idolatrado no Al-Sadd. Emerson tem até nacionalide catariana e já defendeu a seleção do país asiático. Confusões - Só que o hoje herói corintiano não é tão politicamente correto. Assim como é iluminado nos gramados, o Sheik tem a carreira marcada por confusões. A começar pelo seu nome. Emerson, na verdade, se chama Márcio, trocado na falsificação de documentos que fez na época de São Paulo. Mesmo desmascarado, o atacante optou por continuar sendo chamado Emerson. A identificação foi tanta que registrou um de seus filhos como Emerson Júnior. No Oriente Médio, mais confusão ao defender a seleção do Catar de forma irregular. Gerou até processo. Na volta ao Brasil, novas polêmicas. Sheik foi desligado do Fluminense acusado de cantar uma música do Flamengo durante uma viagem da equipe. Na Justiça, o atacante responde por lavagemde dinheiro por compra ilegal de carro importado. Na quinta, na ressaca da Libertadores, um oficial de Justiça foi à casa do jogador. "Mas é fácil me processar. Quem não quer processar o Sheik?", soltou. Leia mais notícias de futebol

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