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Batalha durou 1 hora e 59 minutos |
A discussão entre Serginho e Bernardinho no último domingo, durante o jogo contra a Argentina, parece ter deixado uma lição para o Brasil. Nesta segunda-feira, diante de Cuba, a equipe entrou com uma outra atitude em quadra. O problema é que do outro lado estava uma seleção com mais repertório e apenas vibração não era suficiente para derrotá-los. Em uma batalha de 1h59m, a equipe brasileira perdeu por 3 a 2 (17/25, 25/22, 25/23, 20/25 e 15/12) sofreu sua segunda derrota na competição e viu as chances de conquistar o título ficarem cada vez menores. De consolo, o ponto conquistado que mantém o time na terceira colocação. Agora, são 16 contra 19 da líder Polônia, que venceu os EUA em sets diretos. Giba foi o grande destaque da seleção brasileira, com 21 pontos. O nome do jogo, porém, foi o cubano Hernández, que após um início de jogo abaixo da crítica, se recuperou a partir da segunda parcial e terminou a partida com 22 pontos.
O jogo - O Brasil entrou no jogo a mil por hora. Logo no primeiro ponto, Murilo acertou um belo saque, dificultou a recepção cubana e Giba acabou parando Hernández no bloqueio. Na sequência, foi a vez de Sidão segurar o camisa 19 cubano e Leandro Vissotto, com um ace, colocar 4/2 no placar. Os três lances deixaram claro o que viria pela frente: Cuba com dificuldade para fazer o passe e sendo parada pela muralha brasileira. Só no primeiro set foram oito pontos de bloqueio. Hernández, principal nome da equipe caribenha ao lado de León, não conseguia virar uma bola e foi substituído com 12/6. Em desvantagem, a jovem seleção se abateu e permitiu que o Brasil deslanchasse e fizesse 25/17. Na segunda parcial, a história do jogo começou a mudar. Quem passou a encaixar bons saques foi Cuba, que viu Hernández voltar a quadra com uma outra postura. A recuperação brasileira só veio na metade do set, quando Marlon começou a acionar os meios-de-rede Lucão e Sidão. A dupla fez quatro pontos e transformou um 17/14 em um 19/18. A igualdade chegou em erro de León pela entrada de rede, e a virada em um ace de Murilo. Mas a reação de nada adiantou quando o mesmo Lucão errou um bloqueio e um ataque: 25/22. Na base da empolgação, Cuba voltou com tudo para o terceiro set. Foram três bloqueios certeiros até a primeira parada técnica (8/3), mesmo número de pontos no fundamento que a equipe havia obtido em dois sets. Mas, em seguida, o jogo entrou em uma gangorra. Os cubanos, que chegaram a ter 15/10, erraram muito e permitiram o empate em 15. Depois, foi a vez dos brasileiros não acompanharem os ataques de Hernández e verem os rivais abrirem 21/17. No fim, ainda houve uma nova aproximação no placar, interrompida com um saque na rede de Vissotto: 25/23. A irritação de Bernardinho com o erro do oposto foi tão grande que ele não retornou para o quarto set. Wallace assumiu o posto. Bruninho também entrou no lugar de Marlon. Porém, o fator determinante para o Brasil voltar ao jogo foi a participação de Giba. O ponteiro, que havia feito sete pontos só no primeiro set e acabou pouco acionado nas duas parciais seguintes, chamou a responsabilidade. A cada ponto, um sorriso e uma instrução para os companheiros. No fim, um 25/20 que levou a partida para o tie-break. No desempate, a tensão tomou conta dos dois lados. A cada ponto brasileiro, os cubanos reclamavam com a arbitragem e tentavam desestabilizar os adversários. A tática deu certo e, logo de cara, Wallace foi alvo de um bloqueio simples (4/2). O Brasil bem que tentou correr atrás do resultado, mas erros infantis acabaram minando as chances da seleção. A falha mais gritante veio com Murilo, que pisou na linha durante um saque quando a partida estava 8/8. E quando Théo foi bloqueado por Díaz e Cuba abriu três pontos, só restou aos caribenhos administrarem a vantagem e fechar em 15/12.