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Cortadas da seleção de boxe, baianas disparam contra CBBoxe

"É uma perseguição desse presidente comigo, com a Érika e com a Roseli", afirma Adriana Araújo, medalha de bronze em Londres

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22/04/2013 às 17:41 • Atualizada em 02/09/2022 às 6:09 - há XX semanas
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Adriana foi recebida com festa em Salvador após bronze
As baianas Adriana Araújo, medalhista olímpica nos Jogos de Londres 2013, e Érika Mattos, além da paulista Roseli Feitosa, campeã mundial em 2010, estão em pé de guerra com o presidente da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe), Mauro José da Silva. As três representantes do boxe feminino nas Olimpíadas do ano passado foram cortadas da seleção brasileira e não perderam a renda que recebiam da Petrobras, patrocinadora dos atletas da confederação. A notícia causou revolta entre as pugilistas, que já vinham fazendo críticas a gestão da CBBoxe. Adriana Araújo já falou abertamente sobre o assunto e negou a versão do presidente da entidade de que teria se apresentado acima de seu peso em janeiro. "Fiquei sabendo que fui cortada por incompetência técnica e falta de comprometimento. Luto há 12 anos na minha categoria e nunca tive problemas com peso. Na verdade, é uma perseguição desse presidente comigo, com a Érika e com a Roseli. Porque a gente abre a boca e fala a verdade. Ele está usando da autoridade dele. É uma retaliação, uma falta de respeito", disse em entrevista ao globoesporte.com. A baiana está preocupada também com a situação do bolsa-atleta, programa do Governo Federal de auxílio a atletas de alto rendimento, e faz apelo ao ministro dos Esportes, Aldo Rebelo. "Isso tem que mudar. Ele é o presidente, mas tem gente acima dele. É duro ouvir um homem que nunca foi lutador dizer que sou uma m... Espero que o ministro Aldo Rebelo tome conhecimeto disso. Não sou qualquer atleta. Sei do meu talento. Não esperava passar por isso depois de ter sido medalhista olímpica. Não recebi nenhuma lista de corte ou uma carta para a minha federação na Bahia. É uma falta de respeito. Ele é um ditador e não tem respeito por ninguém. Não tem amor ao boxe". Mauro José da Silva negou que o corte das atletas seja uma retaliação. "Foi a comissão técnica que não incluiu elas nesse grupo que foi chamado. O que a Adriana diz é um problema particular dela. Eu lamento que ela continue falando coisas que não têm pé nem cabeça. Mas o fato é esse: ela se apresentou 14kg acima do peso e a comissão técnica não a vê com possibilidade para 2016. Está investindo em novos talentos. Se fosse retaliação, ela não teria ficado conosco até agora. Se fosse isso, eu teria mandando ela embora no dia seguinte a Londres. Nada me impedia. Ela me deu motivo, disse que a seleção não servia para ela", disse ao globoesporte.com. O presidente da CBBoxe diz que não se mete nas convocações. "A comissão técnica cuida 100% disso. São capacitados para isso. Eu não me meto. Vamos ver novos talentos e vamos em frente. Cada um tem um ciclo, uma etapa e um momento", finalizou. "Como falam que não tenho nível técnico? Fiquei oito anos invicta. A pessoa cai de paraquedas e destrói o nosso sonho. Eu tenho o sonho de conquistar uma medalha olímpica e tiraram isso de mim", rebateu Érika Mattos. Leia mais Fera do K-1, Ewerton Teixeira está pronto para vencer no Imperium MMA

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