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Com bandeira do Vasco, Piquet volta a guiar carro do primeiro título mundial

Piloto brasileiro dá cinco voltas com o Brabham-Ford, sai de pernas bambas e brinca com provocação aos corintianos: 'Vamos criar confusão, o lema é esse'

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27/11/2011 às 15:30 • Atualizada em 31/08/2022 às 21:02 - há XX semanas
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Piquet: "este foi um dos carros mais perfeitos que eu guiei"
Há trinta anos, Nelson Piquet se sentia em casa dentro do Brabham-Ford, modelo com o qual faturou seu primeiro título mundial. Neste domingo, porém, horas antes do GP do Brasil, parecia um estreante dentro do carro de tantas histórias e conquistas. Com uma bandeira do Vasco, o brasileiro saiu de pernas bambas depois de relembrar os velhos tempos ao pilotar o BT49C em Interlagos. "Este foi um dos carros mais perfeitos que eu guiei. Muito fácil de guiar, tinha só 500 cavalos e uma pressão aerodinâmica enorme. É só festa, não tem preocupação. Andei devagarinho, mas só de andar essas voltas, já deu uma canseira enorme", admitiu Piquet. As cinco voltas completadas na manhã deste domingo foram apenas um aquecimento para as duas "oficiais" que fará no início da tarde. O "treino", porém, teve direito até a tomada de tempo. A melhor marca foi de 1m40s. Vascaíno, Piquet também chamou a atenção ao carregar uma bandeira de seu time na apresentação. O clube cruz-maltino, que terá um duelo com o Fluminense a partir das 17h (de Brasília), é um dos candidatos ao título do Campeonato Brasileiro. "Sou vascaíno (risos). Isso era uma surpresa, mas a bandeira acabou voando", contou Piquet. Após o treino, Nelson reencontrou parte do staff que formou uma das parcerias mais bem sucedidas da história da Fórmula 1: Charlie Whiting, que hoje é diretor de provas da categoria, e Herbie Blash, braço direito de Bernie Eccletone na FOM, empresa que administra os direitos comerciais e televisivos da F-1. Bernie, aliás, era o dono da equipe quando Nelson competiu na Brabham, entre 1978 e 1985. "O Charlie foi meu mecânico por sete anos. O Herbie era o chefe da equipe, só faltou aqui o projetista, o Gordon Murray. Tivemos uma boa sensação ao lado deste carro, porque só de estarmos vivos depois de tudo o que nós passamos, já é muito bom", celebra o tricampeão. Andar com a bandeira do Vasco da Gama num autódromo paulistano no dia em que o Corinthians pode sagrar-se campeão brasileiro é como jogar diante da torcida rival. Mas Nelson, bem ao seu estilo, não se importa e dá risada da situação. "Estou confiante de que vamos ganhar esse título! Mas aqui, vamos criar confusão, o lema é esse", se diverte o ex-piloto, que nasceu no Rio de Janeiro e passou a adolescência em Brasília. Cerca de uma hora antes do ínicio do GP em Interlagos, Piquet voltará para a pista. Em seguida, será homenageado em comemoração aos 30 anos da conquista do primeiro título mundial. Para encerrar o dia histórico para o ex-piloto brasileiro, ele dará a bandeirada da última prova da temporada.

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