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Éverton é campeão mundial na categoria meio-médio-ligeiro |
No Rio de Janeiro, onde jornalistas de todos o país foram reunidos para
coletiva de imprensa sobre o Programa Petrobras Esporte & Cidadania, chamou a atenção o distanciamento dos lutadores baianos do presidente da Confederação Brasileira de Boxe, Mauro Silva. Entre os dez pugilistas que vão para os Jogos Olímpicos de Londres, cinco são da Bahia (Éverton Lopes, Robson Conceição, Robenilson Jesus, Adriana Araújo e Érica Matos).
Apesar de ser campeão mundial, Éverton Lopes não figurou na bancada de entrevistados. No hotel onde estavam hospedados, alguns baianos sequer falavam com o dirigente. O motivo do mal-estar seria a divergência quanto ao treino da seleção, que tem base fixa em São Paulo.
Os cinco baianos, todos pupilos de Luiz Dórea, foram impedidos de treinar em Salvador. Para Mauro, o número de classificados é fruto da unidade do trabalho, coordenado pelo cubano naturalizado brasileiro Otílio Oviedo. "Atleta não traz técnico na mochila, é muito pesado. Se o atleta quiser treinar com o técnico dele, a gente libera, mas ele fica fora da seleção, porque na minha gestão o rabo não balança o cachorro", sentencia.
Éverton questiona. Diz que os baianos perdiram permissão para treinar esse mês em Salvador. "Eu achava que cada um tinha que treinar com seus técnicos, mas ele acha que não". O campeão mundial não nega a insatisfação. "Vai ter eleição agora, vamos ver o que pode acontecer. Espero que mude a presidência".
*O repórter do Correio* viajou à convite da Petrobras