Chamado em cima da hora, baiano Júnior Alpha estreia no UFC

Tem baiano no octógono do UFC neste final de semana. Júnior Alpha representará o estado no UFC Fight Night: Machida x Dollaway, que acontecerá amanhã, em Barueri, interior de São Paulo. Aos 26 anos, Alpha acabou de conquistar o cinturão dos médios (até 84kg) do Jungle Fight, no dia 29 de novembro.

Sem tempo para descansar, o soteropolitano recebeu a chance de lutar no maior evento de MMA do mundo. O americano Dan Miller se machucou e o brasileiro Daniel Sarafian ficou sem adversário. Alpha colou na hora. "O UFC entrou em contato com Wallid (Ismail), dono do Jungle Fight, e perguntou se não tinha nenhum atleta. Ele me ligou e perguntou se eu queria lutar, faltando 12 dias para o evento. Eu falei que queria, claro", conta Júnior.

Além de ser a oportunidade de entrar no UFC, a luta será ainda mais especial porque o adversário é amigo do baiano. "Ano passado eu fiquei 20 dias na casa dele. Foi destino. Fico um pouco sentido de estar lutando com uma pessoa que convivi", comenta. Os amigos ainda não se falaram. A amizade fica do lado de fora do octógono. "Estou numa situação que eu não posso recusar uma oferta do UFC. E é trabalho, cada um tem que defender o seu. Eu conheço o jogo dele, ele conhece o meu jogo. Claro que cada um evoluiu nesse um ano e com certeza vem com coisa diferente. Mas conheço o estilo dele", explica.

Com um cartel de seis vitórias e uma derrota, Júnior tem contrato apenas para essa luta. Por isso, sabe que uma boa apresentação pode prorrogar o vínculo com a organização. "Todo mundo almeja o UFC. Eu sempre almejei lutar contra os melhores. É o começo. Agora é fazer uma boa apresentação e se firmar", ressalta. E, se depender do estilo de luta, o público em Barueri vai curtir a luta. "Gosto de trocar. Claro que estou preparado para onde a luta for acontecer. Se for pro chão, eu vou. Mas gosto de manter a luta em pé".

Rotina - Criado na Cidade Baixa, Júnior Alpha começou a praticar artes marciais aos 6 anos. Primeiro judô, depois capoeira e caratê. Começou a levar a sério quando se destacou nas competições de kickboxing e jiu-jitsu. Hoje, divide a rotina entre a gestão da sua academia, a King Star, no Caminho de Areia, e as cinco horas diárias de treino, que incluem sessões de cross fit. No MMA, busca se inspirar em Vitor Belfort, José Aldo e Júnior Cigano, com quem já treinou. "Ele é guerreiro".