A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou que realizará um seminário e uma nova reunião na Câmara dos Deputados para realinhar ações sobre o tema.
"No dia 18 de maio, data instituída pela Lei 9.970/2000 para promoção de ações de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil, a CBF promoverá um seminário sobre o tema na sede da Federação Carioca de Futebol. Além disso, já está acordada uma nova reunião sobre o tema na Câmara dos Deputados para realinhamento de ações" disse nota enviada pela CBF.
Assim como na ginástica, que vê a ebulição de denúncias contra o treinador Fernando de Carvalho, o futebol também padece com o abuso. Em 2014, às vésperas da Copa do Mundo no Brasil, o então presidente da CBF, José Maria Marin, assinou um pacto com a CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no qual se comprometia a cumprir dez medidas para ajudar no combate. Na iminência do Mundial seguinte, a participação da entidade só gerou frustração e descontentamento. Apenas três pontos do compromisso foram cumpridos: a qualificação de profissionais da área na atuação preventiva, o apoio a campanhas educativas e a criação de um canal para receber denúncias.
"Ao assinar um termo e não cumpri-lo, a CBF não valoriza seu próprio compromisso. Agride a democracia, o parlamento e o direito das crianças e dos adolescentes", critica a deputada federal Erika Kokay (PT/DF), que presidiu a CPI da Exploração Sexual.
Após a assinatura do pacto, a entidade anunciou a criação de um grupo de trabalho para viabilizar as medidas. A equipe, no entanto, não teve vida longa. Sua única função foi enviar um ofício aos clubes e escolinhas do país solicitando dados variados sobre a base. O objetivo era montar um banco de dados para, a partir daí, estabelecer ações. Poucos atenderam às solicitações. Diante do insucesso na empreitada, a CBF determinou sua dissolução.
Procurada pela reportagem, a CBF não respondeu às perguntas enviadas por e-mail, mas enviou uma nota nesta segunda-feira.
Confira a íntegra:
"A CBF tem trabalhado no tema a medida de suas atribuições, sempre respeitando a autonomia dos clubes e as iniciativas das políticas públicas, que envolvem órgãos governamentais e judiciais. A CBF entende que seu principal papel é trabalhar na conscientização e mobilização do Sistema de Garantia de Direitos, tendo realizado iniciativas neste sentido, como a assinatura do termo de cooperação com a Associação de Conselheiros e ex-Conselheiros Tutelares, em vigor desde 2016, coordenando diversos Seminários de Proteção Integral dos Direitos da Criança e do Adolescente no Futebol.
Reuniões envolvendo a Promotoria da Infância e da Juventude têm sido organizadas na busca de alternativas que estejam dentro do alcance da entidade.
No dia 18 de maio, data instituída pela Lei 9.970/2000 para promoção de ações de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil, a CBF promoverá um seminário sobre o tema na sede da Federação Carioca de Futebol. Além disso, já está acordada uma nova reunião sobre o tema na Câmara dos Deputados para realinhamento de ações".
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Redação iBahia
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