A julgar pelo fraco time do Brasiliense e pela iniciativa do Bahia, tudo indicava que o Tricolor somaria mais três pontos. Mas erros individuais e coletivos, além de falhas da arbitragem contribuíram para a derrota para o Brasiliense por 3 a 2, neste sábado (6), na Boca do Jacaré. O árbitro deixou de expulsar o goleiro do time Candango e o assistente não marcou impedimento na clara posição irregular de Djavan no segundo gol dos donos da casa.
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Reclamações à parte, o Bahia continua na terceira posição, com 59 pontos, mas agora somente um à frente do América-MG. O Brasiliense continua no Z-4, na 17ª posição, mas agora com 40 pontos, um a menos do que o Icasa. Contou a favor a derrota do Sport para o São Caetano, mantendo os cinco pontos de distância entre o Bahia e o Leão pernambuano, quinto colocado. Na próxima terça (9), o Tricolor visita o América-MG em jogo de seis pontos, enquanto o Brasiliense pega a Portuguesa fora de casa.
Éverton e Adriano colocam o Bahia na frente
Era o jogo da reação depois do empate diante do Coxa, em Pituaçu. Sabendo disso, o time do Bahia partiu para cima do Brasiliense. Ainda nos primeiros segundos de jogo, Adriano chegou perto da grande área adversária e chutou cruzado. Para fora, mas o suficiente para assustar o goleiro Eduardo. Na troca de passes e explorando as falhas dos donos da casa, o Tricolor chegava com facilidade ao ataque. Aos quatro, Fábio Bahia teve a chance de abrir o placar de frente para Eduardo, mas pegou mal na bola. A resposta do Brasiliense, mesmo sob domínio, veio aos oito minutos em chute de Ferrugem da entrada da área, mas para fora.
Presente em bom número no estádio Boca do Jacaré, a torcida do Bahia soltou o grito de gol aos 17 minutos. Na tabela com Adriano, Éverton recebeu na pequena área e tocou manso para o gol. Vendido, o goleiro Eduardo só observou a bola morrer nas redes. Foi o segundo de Éverton 'Avatar' com a camisa do Bahia. Mas o Tricolor não teve tempo para comemorar. Mal a partida recomeçou, o Brasiliense foi ao ataque e conseguiu empatar aos 19 minutos. Depois de confusão na área do Bahia, a bola sobrou para Adriano Felício mandar a bomba. A bola explodiu na trave antes de ultrapassar a linha da meta de Fernando.
O Bahia não esperava o gol adversário e chegou a se abalar. Mas bastou sinalização do técnico Márcio Araújo, pedindo tranquilidade, para o time se arrumar e colocar o Brasiliense na roda mais uma vez. O domínio voltou a ser traduzido em gol aos 30 minutos, quando Adriano foi puxado pelo goleiro Eduardo dentra da área. O arbitro marcou o pênalti, mas só deu amarelo ao camisa 1. Na cobrança, Adriano deslocou o goleiro e marcou seu primeiro gol fora de Pituaçu na Série B, o 12º na competição.
Relapso e virada do Brasiliense
O Brasiliense voltou para o segundo tempo mais animado e contou com um Bahia relapso para tenta reverter a vantagem no placar. Aos quatro minutos, depois de cruzamento da direita, Djavan mandou de peixinho do segundo pau e por pouco não empatou o jogo. À medida que o Brasiliense pressionava, o Bahia se retraía e tinha dificuldades para armar contra-ataques. Cenário perfeito para o time Candango igualar o marcador. Mas ele veio com ajuda da arbitragem. Aos 17, Djavan recebeu lançamento completamente impedido depois de um erro de passe de Morais, fugiu dos ataques da marcação e estufou as redes já na área tricolor.
O Bahia não conseguia reagir. Bem marcados, Adriano e Éverton já não mantinham a mesma troca de passes do primeiro tempo. Encontrando bechas pelos lados, o Brasiliense virou o jogo. Em um contragolpe rápido pela esquerda, Ruy entrou livre na grande área tricolor e só ajeitou para Ferrugem marcar o terceiro gol. Curiosamente, o mesmo resultado de 2004, quando o Bahia perdeu na Fonte Nova para o Brasiliense e deixou escapar a vaga para a Série A do Brasileiro.
Brasiliense 3 x 2 Bahia - Campeonato Brasileiro da Série B, 34ª rodada
Data: 06/11/2010 (sábado), às 16h (horário de Salvador)
Local: Estádio Serejão, em Taguatinga (DF)
Árbitro: Jean Pierre (RS)
Assistentes: Júlio Santos (RS) e Marcelo Barison (RS)
Brasiliense: Eduardo; Ruy Cabeção, Fábio Braz, Santiago e Dieguinho; Deda (Dezinho), Ferrugem, Thiaguinho e Adriano Felício (Danilo Portugal); Aloísio Chulapa e Djavan - Técnico: Andrade.
Bahia: Fernando; Arílton (Felipe), Luizão, Nen e Ávine; Fábio Bahia, Marcone, Hélder (Rodrigo Grahl) e Morais (Ananias); Adriano e Éverton - Técnico: Márcio Araújo
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