Isabela Ramona carrega um sotaque pra lá de carioca, mas faz questão de lembrar suas raízes. “As pessoas costumam esquecer que sou baiana, pensam que sou carioca. Tem tempo que saí da Bahia, mas passei metade da minha vida aí e não quero que esqueçam disso, pois me sinto muito orgulhosa”, afirma a jogadora de basquete, que vive a expectativa de representar a Bahia na primeira Olimpíada da vida. Nascida em Salvador, Isabela morou no Jardim de Alah até os 12 anos, quando os pais se separaram e ela se mudou com a mãe para o Rio de Janeiro, onde logo em seguida começou a jogar basquete. Aos 21 anos, é forte candidata a vestir a camisa da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo ano. A Confederação Brasileira de Basquete vai convocar 12 atletas e o nome da ala é um dos cotados para aparecer na lista. “A gente imagina que as últimas 12 que foram para a Copa América sejam convocadas, mas não é certo”, diz Isabela. O Brasil não foi bem no torneio disputado em agosto, no Canadá, e vencido pelos anfitriões, mas a baiana acredita ter deixado uma boa impressão em quadra.
“Não foi um bom resultado, deixamos a desejar. Mas eu considero minha participação como um crescimento, pois fui mais participativa nos jogos”, avalia a atleta, que fez suas primeiras cestas pelo Fluminense e também jogou em times como Mangueira, Divino COC, São José dos Campos e Guarulhos.
(Foto: Gaspar Nobrega/InovaFoto) |
Evento teste Isabela ganhou folga no dia 23 de dezembro e só retorna aos treinos do Sampaio Corrêa, clube maranhense que defende atualmente, no dia 2, mas garante que não vai abusar nas festas de fim de ano. “É aquela pausa que você não pode relaxar muito. Tenho que treinar por conta própria, pois a seleção já se reúne agora no início de janeiro para o evento-teste”, explica, comprometida. Ela foi convocada para participar do Aquece Rio Torneio Internacional Feminino de Basquetebol, que acontece de 15 a 17 de janeiro. Convocada pela seleção brasileira desde os 15 anos, quando vestiu a camisa verde e amarela pela primeira vez, na Copa América sub-16, Isabela não esconde a ansiedade de estrear nos Jogos Olímpicos. “É uma realização e um sentimento de honra, de valorização, de poder viver coisas que seus ídolos viveram”. O fato de jogar em casa deixa a baiana mais empolgada. “Não tenho palavras pra descrever o quanto eu tô motivada pra participar de uma Olimpíada dentro do meu país. A torcida brasileira é diferente e poder representar seu país na frente das pessoas do seu próprio país deve ser algo maravilhoso”, imagina Isabela.
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