Entre a sua demolição e a construção de um novo novo estádio no local, a Fonte Nova foi um dos estádios com as obras finalizadas mais rapidamente entre aqueles que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014, mas isso não veio sem um alto preço. Segundo a Folha de São Paulo, o custo da Arena ficou R$ 97,7 milhões acima do previsto inicialmente, sendo que a diferença será toda paga pelo governo do Estado.
O valor subiu de R$ 591,7 milhões para R$ 689,4 milhões e ficou entre os cinco mais caros do país. O consórcio responsável pela construção, formado pela OAS e pela Odebrecht argumenta que o aumento se deve à "novas exigências da FIFA", que envolvem mudanças no gramado e nos assentos do estádio, por exemplo.
A Arena foi construída por meio de uma Parceria Público Privada (PPP), que prevê que o setor privado financie e execute a obra em troca de concessão. No entanto, o Estado tomou R$ 323,6 milhões em empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para repassar às empresas do consórcio além de outros R$ 50 milhões ainda na época da demolição da antiga Fonte Nova.
Ainda segundo a Folha de São Paulo, mais dinheiro público deve ser gasto nas obras com a instalação de uma arquibancada provisória para 5.000 pessoas que deve custar R$ 11,4 milhões.
Outros estádios construídos sob PPP para a Copa do Mundo também vem usando dinheiro público nas obras, o que segundo o Ministério Público Federal desvirtua o modelo de parceria em questão. É estimado que 60% dos custos dos estádios tenham sido pagos com dinheiro público.
ConfusãoO primeiro jogo no novo estádio será apenas no próximo fim de semana, mas as primeiras falhas de organização no local já foram percebidas na venda de ingressos para o Ba-Vi. Houve grande aglomeração de pessoas na entrada norte do estádio e a polícia teve que usar bombas de gás lacrimogênio para conter a multidão que tentava invadir o local das bilheterias.
A confusão deixou pessoas feridas no local e torcedores chegaram a entrar em confronto com a polícia. A fila para a compra de ingressos começou a se formar ainda na quinta-feira (28) e atingiu a avenida Bonocô, segundo informou a 2ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM).
Testemunhas denunciaram que funcionários da Arena Fonte Nova vendiam ingressos na fila por até R$ 150: “Eu vi funcionário uniformizado, de capacete e tudo, vendendo”, disse o atendente de lanchonete Jaqueson Alves. Segundo a Arena Fonte Nova, os funcionários identificados como cambistas serão sumariamente demitidos.
Pela internet os torcedores também tiveram problemas para conseguir as entradas, que se se esgotaram pelo site da Arena por volta de 9h. A página, que deveria começar a venda de ingressos à 0h, ficou fora do ar e impediu que pessoas conseguissem fazer a compra: “Fiquei tentando, mas não consegui”, disse o consultor de vendas Carlos Ferreira.
Apenas outros dois pontos foram disponibilizados para a compra dos ingressos do jogo no próximo dia 7: o estádio de Pituaçu e no Barradão, onde as vendas aconteceram sem problemas.
Matéria original: Correio 24h
Arena Fonte Nova tem custo de quase R$ 100 milhões acima do previsto
Orçamento previsto inicialmente estourou em quase R$ 100 milhões. (Foto: Secom) |
Torcedores criaram tumulto na compra de ingressos (Foto: Reprodução/CBN Salvador) |
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade