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Cadeirantes dão show de disposição no Carnaval

Para quem acha que cadeirante só pode brincar em blocos inclusivos, José Rocha mostrou que não

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09/02/2016 às 9:56 • Atualizada em 01/09/2022 às 23:45 - há XX semanas
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Foto: Evandro Veiga / Correio
Em 1988, o funcionário público José Rocha teve uma esquistossomose medular e perdeu os movimentos das pernas. Desde então, o antigo capoeirista vem se empenhando numa luta pessoal para que os cadeirantes conquistem mais respeito e garantam espaços na sociedade.Na noite da sexta-feira de Carnaval, José foi um dos foliões mais animados do bloco Me Deixa à Vontade, que desfilou no Circuito do Campo Grande. “Perdi o movimento das pernas, mas não a vontade de viver e de brincar”, completou.
Para quem acha que cadeirante só pode brincar em blocos inclusivos, José Rocha mostrou que não e, logo após a apresentação do bloco na Avenida, seguiu para encontrar o Cortejo Afro, onde também desfilou, fazendo malabarismos diversos na cadeira de rodas. “A pessoa com deficiência não precisa da caridade ou compaixão das pessoas, mas sim de respeito e inclusão”, defendeu.Com uma postura parecida, a também cadeirante Tânia Nunes disse que nunca deixou de brincar o Carnaval por conta da sua limitação física. “A forma de brincar é outra, mas a alegria e o espírito da celebração continuam presentes”, disse.
Foto: Evandro Veiga / Correio
Criado em 1993, pela Associação Baiana de Deficientes Físicos, o bloco Me Deixa à Vontade tem a proposta de derrubar preconceitos e mitos sobre a pessoa com deficiência. Hoje, o bloco conta com mais de mil associados.

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