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PTinder vai promover encontros entre pessoas de esquerda

A ideia é promover encontros entre pessoas de esquerda em bares, shows, manifestações, entre outros eventos em todas as regiões do país

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Redação iBahia

25/09/2019 às 14:30 • Atualizada em 30/08/2022 às 15:30 - há XX semanas
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As amigas Elika Takimoto e Maria Goretti Nagime estão planejando revolucionar a forma como as pessoas de esquerda se relacionam — seja amor ou amizade. Está em fase de criação o PTinder. Isso mesmo que você leu. Uma plataforma que faz uma releitura do aplicativo de relacionamentos Tinder, mas voltado para promover encontros entre "esquerdo-pessoas que estão solteiras ou em um relacionamento aberto ou confuso", conforme adiantou o colunista Ancelmo Gois nesta quarta-feira (25).

A notícia sobre a iniciativa se alastrou pelas redes sociais, surpreendendo a professora de Física do Cefet-RJ, Elika Takimoto, de 46 anos. A doutora em Filosofia e mestre em História contou que a plataforma quer trazer também um ar leve e cômico em meio a uma realidade dura.

— Nós dizemos, por exemplo, que não vai "dar match" nessa plataforma e, sim, que vai "dar Marx". E também que não é para quem está procurando a metade da laranja, porque isso é coisa do Queiroz. O aplicativo vai ser para quem estiver buscando a outra metade da estrela — explicou Elika, que é casada e tem três filhos.

A professora contou que o PTinder será inicialmente lançado por meio do Instagram, para uma fase de testes, ainda neste ano. Mas os trabalhos para preparar o aplicativo, que será gratuito, já estão em andamento.

— Falamos da ideia e a coisa explodiu, o pessoal quer pra ontem. Estamos assustadas com a receptividade. Tem muita gente oferecendo ajuda. Nós agora estamos formando uma equipe para elaborar a plataforma e acelerar esse processo — disse.

A ideia dessa empreitada partiu da advogada Maria Goretti, de 35 anos, moradora de Campos dos Goytacazes. Segundo Elika, tudo começou quando Maria, também casada e mãe de um bebê, ajudou um amigo a encontrar uma namorada por meio das redes sociais, ao publicar fotos e informações sobre ele, deixando claro que o rapaz era "de esquerda".

— E choveu gente interessada nele — acrescentou Elika.

Coincidentemente, a professora de Física havia feito a mesma coisa.

— Eu fiz isso com um amigo meu também, e veio uma galera querendo conversar com ele. Com isso, nós vimos que precisamos brincar também. Isso é algo essencial numa época como essa. O PTinder é para trazer leveza, brincadeiras, sorrisos. Não somente entre casais, mas entre pessoas que querem bater um papo e se divertir sem serem agredidas. Tem muita gente deprimida, sem sair de casa por medo. Buscamos uma forma de sair dessa realidade.

De acordo com ela, a ideia é promover encontros entre pessoas de esquerda em bares, shows, manifestações, entre outros eventos em todas as regiões do país.

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